Por Senad Karaahmetovic
O analista do JPMorgan (NYSE:JPM) (NYSE:JPM), Samik Chatterjee, fez reflexões positivas sobre a Apple (NASDAQ:AAPL) (BVMF:AAPL34), no momento em que as empresas se preparam para divulgar seus balanços para o segundo trimestre do ano.
Chatterjee ressaltou as preocupações maiores dos investidores com as estimativas de curto prazo. O analista, contudo, prevê estimativas “resilientes” para a Apple no 3º tri fiscal, dado que a empresa forneceu projeções conservadoras em sua última teleconferência de resultados.
“Em nossa visão, para o 3º tri fiscal (fim de junho), a melhor dinâmica de oferta (evidenciada pelos prazos de entrega) superará a leve fraqueza na demanda vista até o momento, bem como obstáculos cambiais adicionais (ao redor de 150 pb a/a além de 300 pb a/a já previstos na projeção); nossas previsões de receita/resultados agora estão majoritariamente em linha com o consenso do sellside, porém melhor do que as expectativas e sentimento do buyside”, disse Chatterjee em nota aos clientes.
Ainda assim, o analista baixou “levemente” as estimativas de receita e lucro, de modo a refletir esses obstáculos, com destaque para o câmbio.
O preço-alvo foi mantido a US$ 200,00 por ação, enquanto Chatterjee, olhando para além deste ano fiscal, afirmou:
“Os obstáculos aos resultados operacionais decorrentes da desaceleração macro são mais do que compensados pelo poder de precificação, dando maior sustentabilidade às margens, bem como pela melhor alavancagem do balanço para recompras de ações.”
Dessa forma, o analista do JPMorgan continua otimista com as ações da Apple.
“Nossa expectativa é que os papéis da AAPL estejam bem posicionados para apresentar bom desempenho dentro do universo de cobertura no caso de: 1) uma recessão – mostrando uma demanda resiliente por iPhone, graças aos ciclos de substituição e à alta contribuição do mix de resultados proveniente de Serviços; 2) estabilização do cenário macro – risco de baixa limitado, com potencial de alta decorrente de uma rápida recuperação do consumo”, concluiu.
A Apple deve divulgar seu balanço do 3º tri fiscal no fim de julho. Wall Street prevê um LPA de US$ 1,15 sobre uma receita de US$ 82,68 bilhões.
As ações caíam 0,80% às 8h15 (horário de Brasília) na pré-abertura, cotadas a U$ 136,72.