Por Joyce Lee e Ju-min Park
SEUL (Reuters) - Um tribunal da Coreia do Sul rejeitou nesta quinta-feira um pedido de prisão para o chefe do Samsung Group (UL:SAGR), maior conglomerado empresarial do país, por suspeita de envolvimento em um escândalo de corrupção que levou ao afastamento da presidente do país, Park Geun-hye, pelo Parlamento.
Mas a liberdade de Jay Y. Lee, de 48 anos, pode ser apenas temporária, à medida que a procuradoria especial disse que irá insistir com as investigações.
Lee, que comanda a Samsung desde que seu pai, Lee Kun-hee, sofreu um ataque cardíaco em 2014, ainda enfrenta as mesmas acusações de pagamento de propina, peculato e perjúrio, segundo analistas legais, mesmo que não esteja detido.
Lee deixou o Centro de Detenção de Seul com uma bolsa de compras branca e entrou em um carro sem falar com repórteres, após ficar detido durante a noite enquanto o tribunal deliberava sobre o pedido de prisão.
A procuradoria especial disse que continuará sua investigação, mas não decidiu se irá pedir outro mandado de prisão, e que o contratempo não irá alterar os planos das investigações.
Lee é um dos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção pelo suposto pagamento pela Samsung de 30 bilhões de wons (25,3 milhões e dólares) para uma empresa e fundações apoiadas por uma amiga pessoal da presidente Park em troca de receber permissão para uma fusão entre duas unidades do conglomerado em 2015.
Park teve o impeachment aprovado pelo Parlamento e agora aguarda decisão da Suprema Corte do país sobre o processo de impedimento.