Microsoft vai demitir 10 mil em todo o mundo

Publicado 19.01.2023, 05:53
Atualizado 19.01.2023, 09:50
© Anthony Behar/Sipa USA via Reuters Connect Microsoft vai demitir 10 mil em todo o mundo

A Microsoft (NASDAQ:MSFT) (BVMF:MSFT34) anunciou nesta quarta, 18, a demissão de 10 mil funcionários em todo o mundo, 5% do quadro global de trabalhadores. Ainda não é possível saber como os cortes afetam a operação brasileira. As demissões serão comunicadas até o dia 31 de março e a empresa se comprometeu a dar um aviso prévio de, pelo menos, 60 dias para todas as pessoas afetadas pelo corte e benefícios como plano de saúde e rendimentos de ações por seis meses.

"Esses são os tipos de escolhas difíceis que fizemos em nossos 47 anos de história para continuar uma empresa nesta indústria que é imperdoável para quem não se adaptar a mudanças de plataformas", disse o presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella, em nota.

Em julho de 2022, a Microsoft já havia demitido cerca de 1,8 mil funcionários - equivalente a 1% da empresa.

Em outubro, a companhia anunciou novas demissões, mas afirmou que manteria a contratação de profissionais em áreas estratégicas. Ainda assim, cerca de mil pessoas foram demitidas no processo.

Esse é o segundo maior corte da Microsoft em oito anos. Entre 2014 e 2015, a companhia demitiu 25 mil funcionários quando abandonou a aquisição da Nokia, segundo o New York Times. Desde 2019, a Microsoft contratou 75 mil pessoas, em movimento de expansão acelerada do mercado de tecnologia em todo o mundo.

O corte acontece exatamente um ano após a Microsoft anunciar a compra da empresa de games Activision Blizzard, maior transação da história do mercado de tecnologia, um acordo de US$ 68,7 bilhões (por volta de R$ 354 bilhões). Atualmente, a fusão das empresas está na mira da comissão antitruste da União Europeia, que quer ouvir explicações das companhias, afirmou a agência de notícias Reuters.

Aviso

De acordo com Nadella, algumas pessoas foram notificadas ontem e outras ainda vão receber o aviso ao longo dos próximos dois meses. O executivo disse ainda que cada dispensa respeitará as leis trabalhistas do país em que o funcionário está localizado, indicando que as demissões vão afetar trabalhadores de outros países além dos EUA.

No Brasil, a companhia afirmou ao Estadão que não iria comentar a situação dos trabalhadores locais.

A empresa afirmou ainda que espera que o custo das demissões seja de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,1 bilhões), marca que deve ser registrada no balanço da empresa no segundo trimestre de 2023. Na próxima semana, a gigante vai divulgar os resultados do trimestre encerrado em dezembro.

Movimento esperado

"Esse é um momento de tirar o curativo para preservar margens e cortar custos, estratégia que Wall Street vai continuar aplaudindo enquanto as empresas navegam por essa tempestade econômica", escreve o analista Dan Ives, da consultoria americana WedBush, em comunicado a investidores.

Segundo Ives, não se trata de um movimento inesperado, que acompanha a tendência do segmento. "Antes tarde do que nunca, Nadella precisava cortar custos em áreas não estratégicas", escreveu o analista.

Em um ano, segmento registrou 61 mil dispensas nos EUA

Nos últimos 12 meses, cerca de 61 mil pessoas foram atingidas por demissões em massa em empresas de tecnologia dos EUA, segundo levantamento do Estadão. No Brasil, em startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, chamadas de "unicórnios", 4 mil foram demitidos.

A Amazon (NASDAQ:AMZN), por exemplo, fez duas rodadas de dispensas: na primeira, em novembro, foram demitidas 10 mil pessoas. Em janeiro de 2023, mais 18 mil vagas foram fechadas. Já a Meta, holding do Facebook (NASDAQ:META), Instagram e WhatsApp, demitiu 11 mil em novembro. O Twitter fez um corte de cerca de 3,7 mil pessoas nos escritórios de todo o mundo, após o bilionário Elon Musk assumir a companhia em novembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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