Por Fathin Ungku
CINGAPURA (Reuters) - Um parlamentar de Cingapura criticou o Facebook (NASDAQ:FB) nesta terça-feira, dizendo que a empresa de mídia social não cumpriu a promessa de ajudar a conter notícias falsas e pedindo regulamentações mais duras.
A crítica se segue à recusa do Facebook neste mês de um pedido do governo para remover um artigo online sobre os bancos da cidade-estado e o fundo estatal ligado ao escândalo na Malásia, que o governo disse ser falso e malicioso.
"O Facebook deu garantias de que trabalharia de perto com as autoridades de Cingapura para tratar rapidamente falsidades online. E, no entanto, quando há uma falsidade que ataca Cingapura, o Facebook se recusa a remover o conteúdo", disse Edwin Tong ao parlamento.
Não ficou claro a que garantias ele estava se referindo.
"O Facebook se permitirá ser uma plataforma para a disseminação de mentiras, falsidades, para envenenar e dividir a sociedade por meio dessas mentiras, encorajar a xenofobia e lucrar com isso", acrescentou Tong, que é ministro de Estado de Cingapura.
O incidente deste mês "reforça" a necessidade de legislação, disse Tong, que também está em um painel de parlamentares que recomendou ao governo que considere leis para lidar com a disseminação de falsidades online ou "notícias falsas".
Em relação à sua recusa em excluir o post, o Facebook disse anteriormente em um comunicado por email que não tinha uma política "que proíba alegadas falsidades, além de situações em que esse conteúdo tenha o potencial de contribuir para a violência iminente ou dano físico".
Procurado para comentar após as declarações de Tong, uma porta-voz do Facebook reenviou à Reuters à declaração anterior da empresa.
(Reportagem adicional de Aradhana Aravindan)