Por Cate Cadell e Sayantani Ghosh
PEQUIM/CINGAPURA (Reuters) - A receita trimestral da fabricante chinesa de smartphones Xiaomi (HK:1810) disparou devido à forte demanda na Índia e em outros mercados emergentes, mas ainda persistem dúvidas sobre a capacidade da empresa de sustentar o ritmo acelerado de crescimento e suas ações reverteram ganhos iniciais para fechar em queda.
A Xiaomi, que desbancou a Samsung Electronics do posto de maior vendedora de celulares no mercado indiano mais cedo este ano, disse na quarta-feira que sua receita em mercado externo no trimestre encerrado em junho mais que duplicou ante o mesmo período do ano passado, no seu primeiro resultado desde que a empresa abriu capital.
A fabricante começou a ser negociada em bolsa em julho, depois de uma oferta pública inicial decepcionante, que a valorizou em cerca de 54 bilhões de dólares, quase metade dos 100 bilhões de dólares que os analistas do setor esperavam.
"A oportunidade no mercado externo é enorme, o que proporciona um enorme potencial de crescimento para a Xiaomi em hardware e software", disse Dany Wu, analista da Fubon Research, em nota. "Apesar do declínio da margem, achamos que isso é uma oportunidade para a rápida expansão de suas linhas de produtos".
As margens brutas da empresa caíram 2 pontos percentuais, para 12,5 por cento, já que os lucros constantes nos negócios de serviços de internet não conseguiram compensar os declínios em seus negócios de hardware, que incluem celulares e dispositivos conectados à Internet, como TVs inteligentes.
A receita da Xiaomi no trimestre subiu para 45,24 bilhões de iuanes (6,58 bilhões de dólares), de 26,88 bilhões de iuanes. A companhia registrou um lucro líquido de 14,63 bilhões de iuanes no período, comparado a uma perda líquida de 11,97 bilhões de iuanes no mesmo período do ano passado.
A receita internacional no segundo trimestre foi de 16,4 bilhões de iuanes, representando mais de um terço da receita total.
(Por Cate Cadell e Sayantani Ghosh