WASHINGTON (Reuters) - As novas regras norte-americanas de neutralidade da rede não afetaram a forma como a operadora Charter Communications (NASDAQ:CHTR) investe em suas redes de telecomunicações, disse o presidente-executivo, Tom Rutledge, ao presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês), Tom Wheeler, nesta semana.
Em uma reunião com Wheeler e outras autoridades da FCC, divulgada em um documento governamental nesta sexta-feira, Rutledge discutiu a oferta de compra de 56 bilhões de dólares da Charter pela rival Time Warner Cable, que deve ser aprovada pela FCC.
Uma questão importante ofuscando as fusões de telecomunicações é a recente regulação da FCC para o tráfego na Internet, a qual a AT&T e grupos da indústria representando provedores de serviços a cabo e celular, incluindo a Charter, estão combatendo nos tribunais. No processo, eles citam supostas ameaças à inovação e ao investimento, entre outros fatores.
Rutledge, no entanto, disse a Wheeler que "a decisão da comissão de reclassificar o acesso à Internet banda larga sobre o Título II não alterou a abordagem da Charter de investir significativamente em suas redes para entregar serviços top de linha", de acordo com o documento da reunião de 2 de junho.
Uma corte de apelações federal está atualmente analisando o pedido das empresas de telecomunicações e cabo para adiar a implementação das regras de neutralidade de rede, que estão marcadas para entrar em vigor em 12 de junho.
A indústria rejeitou a iniciativa da FCC de reclassificar a Internet banda larga como um serviço mais regulado de telecomunicações sob a lei de comunicações Título II, apesar de executivos da Charter terem no passado sugerido que o novo regime regulatório poderia ser aceitável contanto que a FCC renunciasse a algumas partes do Título II como prometido.
(Por Alina Selyukh)