Por Alexandria Sage e Arjun Panchadar
SÃO FRANCISCO/BANGALORE (Reuters) - A Uber (NYSE:UBER) teve um prejuízo de 1 bilhão de dólares no trimestre passado, com a empresa elevando gastos para construir seus negócios de entrega de alimentos e de frete. O resultado negativo veio apesar de aumento de 20 por cento na receita, conforme o primeiro relatório trimestral da empresa após sua abertura de capital.
A receita de 3,1 bilhões de dólares correspondeu à previsão da Uber no trimestre, assim como o prejuízo de 1 bilhão, que era previsto entre 1 bilhão a 1,11 bilhão de dólares.
As ações da empresa subiram 2,6% após uma teleconferência na qual o presidente-executivo, Dara Khosrowshahi, citou melhorias nos negócios, como menos promoções no trimestre, mas ele classificou 2019 como um "ano de investimento".
Com o preço das ações sendo negociado mais de 10% abaixo de seu preço de 45 dólares no IPO, Khosrowshahi terá que convencer os investidores de que a Uber pode obter lucro.
Os resultados indicam que a empresa conseguiu atingir suas próprias metas financeiras, o que provavelmente oferecerá alguma segurança aos investidores.
Os custos subiram 35% no trimestre, período em que a empresa elevou investimentos antes do IPO, no início deste mês. As reservas brutas, uma medida do valor total das viagens antes dos custos de motorista e outras despesas, aumentaram 34% em relação ao ano anterior, para 14,6 bilhões de dólares. As reservas subiram 3,4% em relação ao trimestre anterior, mostrando a dificuldade de recrutar novos motoristas em mercados saturados.
A Uber disse que seus usuários ativos mensais aumentaram para 93 milhões no mundo, de 91 milhões no final do quarto trimestre do ano anterior.
O prejuízo líquido foi de 1,01 bilhão de dólares, ou 2,26 dólares por ação, no primeiro trimestre encerrado em 31 de março em comparação com lucro líquido de 3,75 bilhões, ou 1,84 dólar por ação, um ano antes, quando os resultados foram ajudados pela venda de operações para a Grab e Yandex.