ROMA (Reuters) - Uma antiga relíquia romana de uma batalha naval de quase 2.300 anos atrás, na qual Roma derrotou sua arqui-inimiga Cartago, foi recuperada das águas do oeste da Sicília, disseram autoridades regionais nesta sexta-feira.
Artefato que era colocado na proa dos navios de guerra para atacar embarcações inimigas, o aríete de bronze do século 3 a.C. foi encontrado a uma profundidade de cerca de 80 metros na área do arquipélago das Ilhas Égadas, disse o governo regional da Sicília em comunicado.
A Batalha das Ilhas Égadas, em 241 a.C., foi o confronto naval final entre as frotas de Cartago e da República Romana durante a Primeira Guerra Púnica e marcou um ponto de virada para as duas potências.
Localizada perto de Túnis, na atual Tunísia, Cartago entrou em declínio após sua derrota.
O aríete foi recuperado neste mês por mergulhadores da Sociedade para a Documentação de Locais Subaquáticos e levado para Favignana, uma das Ilhas Égadas, onde está sendo estudado por arqueólogos, segundo o governo siciliano.
A frente do aríete tem uma decoração em relevo com um capacete do tipo Montefortino com três penas na parte superior, e depósitos de algas e conchas impossibilitam, no momento, a visualização de quaisquer inscrições, explicaram as autoridades regionais.
A relíquia, acrescentaram, é o 27º aríete da batalha naval encontrado embaixo d'água desde os anos 2000, além de mais de 30 capacetes romanos antigos, duas espadas e várias moedas e ânforas.
(Reportagem de Marta Di Donfrancesco)