Biden conversa com Netanyahu; Sullivan diz que acordo de reféns está muito próximo

Publicado 12.01.2025, 16:01
Atualizado 12.01.2025, 16:05
© Reuters. Veículo militar de Israel passa a frente a cartaz que pede volta de reféns feitos pelo Hamas perto da fronteira com Gazan12/01/2025 REUTERS/Kai Pfaffenbach

Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou neste domingo com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou a Casa Branca, enquanto autoridades norte-americanas se apressam para chegar a um acordo de cessar-fogo e liberar reféns antes de Biden deixar o cargo, no dia 20 de janeiro.

Biden e Netanyahu discutiram os esforços em andamento para interromper os combates no enclave palestino e libertar os 98 reféns ainda detidos, disse a Casa Branca em comunicado.

Biden "enfatizou a necessidade imediata de um cessar-fogo em Gaza e da volta dos reféns, com um aumento na ajuda humanitária possibilitado por uma paralisação nos combates sob o acordo", disse a nota.

Netanyahu atualizou Biden sobre o progresso e a ordem que ele deu à sua delegação de segurança de alto nível em Doha para avançar em um acordo sobre os reféns, disse o premiê israelense em comunicado.

O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, disse ao programa "Estado da União", da CNN, neste domingo, que as partes estavam "muito, muito perto" de chegar a um acordo, mas ainda precisavam cruzar a linha de chegada.

Ele contou que Biden recebe atualizações diárias sobre as negociações em Doha, onde autoridades israelenses e palestinas dizem, desde quinta-feira, que algum progresso foi feito nas negociações entre Israel e o grupo militante Hamas.

"Ainda estamos determinados a usar todos os dias que temos no cargo para conseguir isso", disse Sullivan. "E não estamos, nem de longe, deixando isso de lado."

Ele disse que ainda há uma chance de chegar a um acordo antes de Biden deixar o cargo, mas que também é possível que "o Hamas, em particular, permaneça intransigente".

Israel atacou Gaza depois de os combatentes do Hamas atravessarem as fronteiras em outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, segundo dados israelenses.

Desde então, mais de 46 mil pessoas foram mortas em Gaza, segundo autoridades de saúde palestinas, com grande parte do enclave devastado e assolado por uma crise humanitária, e a maior parte da população deslocada.

O vice-presidente eleito dos Estados Unidos, J.D. Vance, disse ao programa "Fox News Sunday", em entrevista gravada no sábado, que espera que um acordo para a libertação de reféns dos Estados Unidos no Oriente Médio seja anunciado nos últimos dias do governo Biden, talvez no último dia ou dois.

O presidente eleito Donald Trump, um firme defensor de Israel, apoiou fortemente o objetivo de Netanyahu de destruir o Hamas. Ele prometeu trazer a paz ao Oriente Médio, mas não disse como.

(Reportagem de Andrea Shalal; Reportagem adicional de David Morgan e Maayan Lubell, em Jerusalém)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS ES

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