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Por Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - De danças de swing a sorvetes sociais, a campanha de Kamala Harris marcará o 89º aniversário da Previdência Social nesta semana com eventos voltados para os norte-americanos mais velhos, que geralmente apoiam os republicanos.
Eventos estão planejados em Arizona, Pensilvânia, Michigan, Carolina do Norte e outros Estados cruciais, além de uma comemoração virtual com apresentações de vários artistas, como Cathy Richardson, vocalista da banda Jefferson Starship; Jay Siegel do The Tokens, conhecido pelo sucesso "The Lion Sleeps Tonight"; e Peggy March, famosa por "I Will Follow Him".
Num país onde o voto não é obrigatório, os eleitores com 65 anos de idade ou mais votam em proporções maiores que qualquer outro grupo e representam quase 10 milhões de eleitores nos Estados cruciais de Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Carolina do Norte, Georgia, Arizona e Nevada, e quase 17% da população geral dos EUA.
No geral, eleitores idosos apoiaram o republicano Donald Trump por uma margem de 7 pontos percentuais em 2016 e 5 pontos em 2020.
Kamala, que na semana passada se tornou a candidata oficial do Partido Democrata, está à frente de Trump por 4 pontos percentuais cada em pesquisas de opinião com eleitores de Pensilvânia, Wisconsin e Michigan, realizadas pelo New York Times e pelo Siena College.
As mesmas pesquisas mostraram Kamala à frente de Trump no confronto direto por 55% a 42% entre os eleitores com 65 anos ou mais naqueles Estados.
Após Biden, de 81 anos, se afastar da eleição devido a preocupações com sua idade, a campanha de Kamala sugeriu que a idade de Trump também poderia ser um problema.
"Trump é agora o homem mais velho da disputa, com 78 anos, e ele próprio tem alguns problemas cognitivos, então o jogo está completamente invertido", disse o ex-presidente do Comitê Nacional Democrata Howard Dean, em um comunicado distribuído pela campanha no mês passado. Kamala tem 59 anos.
Na semana passada, Trump defendeu a eliminação dos impostos sobre os benefícios da Previdência Social para idosos, uma posição que poderia aumentar seu apoio entre esse grupo demográfico, mas, segundo especialistas, isso também poderia acelerar o risco de insolvência do plano de benefícios para idosos.
Em um primeiro momento, a campanha de Trump não tinha resposta ao comentário de Dean ou às preocupações levantadas sobre o impacto da proposta tributária de Trump sobre a Previdência Social.
Cerca de 40% dos norte-americanos que recebem benefícios da Previdência Social pagam Imposto de Renda federal, de acordo com a Administração da Previdência Social.
A revogação do imposto poderia aumentar o déficit orçamentário de 1,6 trilhão a 1,8 trilhão de dólares até 2035, de acordo com o Comitê por um Orçamento Federal Responsável.
A equipe de campanha de Kamala não fez comentários sobre a posição de Trump em relação à tributação da Previdência Social para idosos em um primeiro momento. Ela observou que, no passado, Trump havia pedido cortes na Previdência Social e no Medicare.