JERUSALÉM (Reuters) - O Tribunal Militar israelense estendeu até o dia 4 de setembro a prisão domiciliar de soldados acusados de abusar sexualmente de um prisioneiro palestino, mas permitirá que a defesa realize uma audiência no domingo para solicitar pena alternativa à restrição de liberdade, disseram as Forças Armadas nesta quinta-feira. A corte esclareceu que a pena alternativa pode incluir "um local de trabalho e supervisores adequados". Os soldados foram acusados de abusar sexualmente de um membro de uma unidade de elite do Hamas na prisão de Sde Teiman, no deserto de Negev, sul de Israel, de acordo com informações da imprensa israelense. O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a tortura afirmou que o suposto abuso sexual é "particularmente horrível", e pediu que as cortes civis de Israel investiguem e responsabilizem os autores. A ONU recebeu várias informações de supostas torturas contra palestinos presos desde o dia 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas atacaram Israel e mataram cerca de 1.200 pessoas. Mais de 40 mil pessoas foram mortas na Faixa de Gaza em dez meses de combates após esse dia, segundo autoridades de Saúde do enclave palestino. (Reportagem de Maytaal Angel)