Democratas miram em eleitores de Estados decisivos que moram no exterior

Publicado 12.08.2024, 08:48
Atualizado 12.08.2024, 08:50
© Reuters. Candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, durante evento de campanha em Michigann08/08/2024 REUTERS/Elizabeth Frantz

Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) - O Comitê Nacional Democrata gastará mais de 100 mil dólares em um esforço inédito para registrar os 9 milhões de norte-americanos que vivem no exterior, trabalhando para ganhar votos para a candidata do partido, a vice-presidente Kamala Harris, na eleição presidencial de 5 de novembro.

O financiamento para o Democrats Abroad, que representa os democratas que vivem fora dos Estados Unidos, será usado para pagar as campanhas de registro de eleitores e divulgar informações sobre como votar no exterior, disse um funcionário do DNC nesta segunda-feira.

As autoridades do DNC disseram que há mais de 1,6 milhão de norte-americanos dos Estados decisivos do Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin que vivem no exterior, e que o partido lutará por cada voto.

Esses Estados são essenciais para que Kamala ou o ex-presidente republicano Donald Trump ganhem a eleição. O presidente Joe Biden derrotou Trump para ganhar a Presidência em 2020 ao obter apenas 44.000 votos de vantagem somada no Arizona, Geórgia e Wisconsin.

"O DNC não está deixando pedra sobre pedra para garantir que Kamala Harris seja a próxima presidente dos Estados Unidos", disse em um comunicado, observando que apenas 8% dos norte-americanos que vivem fora do país se registraram para votar na eleição de 2020.

"Essa eleição será vencida nas margens e, faltando apenas três meses para a eleição, cada voto é importante -- inclusive os votos daqueles que estão servindo ou morando no exterior."

O maior contingente de norte-americanos que vivem no exterior reside no México, disse um funcionário do DNC, e o segundo maior número vive em vários países da Europa.

Kamala e seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz, percorreram na semana passada vários Estados decisivos, lotando comícios com milhares de pessoas e aproveitando o impulso que ela teve desde que assumiu a cabeça da chapa democrata depois que o presidente Joe Biden desistiu de buscar a reeleição.

Biden, de 81 anos, encerrou sua candidatura e apoiou Kamala depois que um desempenho ruim contra Trump em um debate provocou turbulência no Partido Democrata e alimentou preocupações de que ele não conseguiria derrotar o ex-presidente ou concluir um segundo mandato de quatro anos.

Kamala ficou à frente de Trump por quatro pontos percentuais cada uma em pesquisas separadas com eleitores de Wisconsin, Michigan e Pensilvânia conduzidas pelo New York Times e pelo Siena College, uma grande mudança em relação às pesquisas nesses Estados decisivos realizadas antes de Biden abandonar a corrida presidencial no mês passado.

Nacionalmente, Kamala estava à frente de Trump por cinco pontos percentuais, 42% a 37%, em uma pesquisa da Ipsos publicada na quinta-feira, ampliando sua liderança em relação a uma pesquisa Reuters/Ipsos de 22 e 23 de julho, que a colocou com 37% a 34%.

Martha McDevitt-Pugh, que preside o Democrats Abroad, chamou o financiamento do DNC de "uma afirmação poderosa de nosso trabalho e da importância do eleitorado estrangeiro, que vota em seu Estado de origem e tem sido a margem de vitória em várias disputas cruciais, como a da Geórgia em 2020".

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