Por Janis Laizans
TEL AVIV (Reuters) - Centenas de especialistas em tecnologia israelenses estão colocando seus empregos temporariamente de lado para ajudar na localização de compatriotas desaparecidos após os ataques da semana passada realizados pelo grupo militante palestino Hamas.
Homens armados do Hamas romperam as fortes linhas de segurança israelenses para atacar cidades e kibutzes de Israel, matando 1.300 pessoas e levando quase 200 como reféns. Em resposta, o Estado judaico bombardeia a Faixa de Gaza há dias, causando a morte de mais de 2.700 palestinos, enquanto suas tropas preparam uma ação por terra.
Karine Nahon, uma das líderes da iniciativa, afirmou que os voluntários estão analisando imagens — incluindo vídeos postados online pelo Hamas — para ajudar a identificar e localizar mais de mil pessoas que ainda estão desaparecidas. Qualquer informação obtida é repassada às autoridades israelenses.
Com sede em Tel Aviv, que abriga maior parte do setor de tecnologia e segurança de Israel, os voluntários criaram um centro de comando improvisado, onde usam inteligência artificial e reconhecimentos facial e de voz para ajudar a localizar aqueles que estão desaparecidos após os ataques, às vezes por meio de roupas ou características reconhecíveis.
"O governo neste momento conta com o que está saindo destas salas", afirmou Nahon.
Fotos dos israelenses desaparecidos estão nas paredes, para lembrar os voluntários de sua missão.
"Tentamos entender o status de cada uma das pessoas desaparecidas e ainda temos mais de mil nessa condição", afirmou.
O Hamas está agora retirando vídeos dos ataques postados na internet, sugerindo estar ciente de que as imagens estão sendo analisadas, afirmou Nahon.
"O Hamas está agora deletando e removendo os vídeos que têm. Houve uma live em que eles entravam em diferentes cômodos de crianças massacradas e imagens horríveis", disse.
"O que estão fazendo agora é remover os vídeos um a um, porque entendem que estamos basicamente monitorando e analisando esses vídeos."