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WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou uma ampla revisão dos casos de asilo aprovados durante o governo do ex-presidente Joe Biden e dos Green Cards emitidos para cidadãos de 19 países, disseram autoridades do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) nesta quinta-feira.
As autoridades alegam que o imigrante afegão suspeito de atirar em dois membros da Guarda Nacional em Washington, D.C., na quarta-feira, entrou nos EUA em 2021 sob um programa de reassentamento.
Horas após o tiroteio, que deixou os dois membros da Guarda em estado crítico, os Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS, na sigla em inglês) anunciaram a suspensão imediata e indefinida de todos os pedidos de imigração relacionados a cidadãos afegãos.
Nesta quinta-feira, o DHS disse que o governo Trump está expandindo essa suspensão para incluir uma revisão de todos os casos de asilo aprovados durante o governo Biden. O suposto atirador recebeu asilo neste ano, já durante a gestão de Trump, mostrou um arquivo do governo dos EUA visto pela Reuters.
O diretor do USCIS, Joseph Edlow, disse em um comunicado que também está dirigindo um "reexame rigoroso e em grande escala de todos os Green Cards para todos os estrangeiros de todos os países de interesse" a pedido de Trump.
Ele não indicou quais países são considerados preocupantes pelos Estados Unidos. O USCIS encaminhou à Reuters a proibição de viagens que Trump impôs em junho a cidadãos de 19 países, incluindo Afeganistão, Burundi, Laos, Togo, Venezuela, Serra Leoa e Turcomenistão.
Trump já havia solicitado o "reexame" de todos os cidadãos afegãos que vieram para os EUA sob o comando de seu antecessor, dizendo que os EUA precisam tomar medidas para garantir a remoção de qualquer pessoa que não "traga benefícios ao nosso país".
Desde que retornou à Casa Branca no início deste ano, o presidente tem levado a cabo uma agenda agressiva de imigração. A Reuters informou na terça-feira que seu governo havia ordenado uma ampla revisão de todos os refugiados que entraram nos EUA sob o comando de Biden.
Essa ordem deve se aplicar a cerca de 233.000 refugiados que entraram entre 20 de janeiro de 2021 e 20 de fevereiro de 2025, de acordo com memorando assinado por Edlow.
No final de outubro, Trump estabeleceu o limite de admissão de refugiados para o ano fiscal de 2026 em um recorde de 7.500, dizendo que os EUA vão se concentrar em trazer sul-africanos brancos da etnia Afrikaner.
(Reportagem de Jasper Ward)
