Por Phil Stewart
VARSÓVIA (Reuters) - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, anunciou nesta sexta-feira a venda de 250 tanques Abrams para a Polônia, enquanto os EUA avançam para fortalecer as defesas de um importante aliado do leste europeu em meio a uma crescente ameaça de guerra entre Ucrânia e Rússia.
Austin fez o anúncio durante uma viagem a Varsóvia, onde os líderes poloneses estão alarmados com o envio de milhares de forças russas para o vizinha Belarus, como parte de um enorme acúmulo russo de tropas em torno da Ucrânia que a Otan diz posicionar Moscou para uma invasão. A Rússia nega planos de invasão.
"Algumas dessas forças estão dentro de 200 milhas (cerca de 322 km) da fronteira polonesa", disse Austin.
"Se a Rússia invadir ainda mais a Ucrânia, a Polônia poderá ver dezenas de milhares de ucranianos deslocados e outros atravessando sua fronteira, tentando salvar a si mesmos e suas famílias do flagelo da guerra."
A venda de tanques Abrams para a Polônia, que também abriga um futuro local de defesa antimísseis dos EUA, é outro sinal de um relacionamento de defesa profundo e crescente com os Estados Unidos. Ocorre após o envio de quase 5.000 soldados adicionais dos EUA para a Polônia, bem como aeronaves de combate adicionais, como parte da resposta de Washington à crise na Ucrânia.
O tanque de batalha Abrams M1A1 transporta uma tripulação de quatro pessoas e possui um canhão carregado manualmente que pode disparar contra veículos blindados de pessoal inimigo e até aeronaves voando baixo, de acordo com seu fabricante, General Dynamics (NYSE:GD).
"Esta é a versão mais moderna do Abrams e fornecerá à Polônia uma capacidade de tanque altamente avançada", disse Austin em entrevista coletiva.