ATLANTA (Reuters) - Oito ex-educadores do Estado norte-americano de Atlanta receberam penas de um a sete anos de prisão nesta terça-feira por suas condenações em casos de extorsão em um dos maiores escândalos de fraude em exames do país.
As sentenças, longas e incomuns para educadores, contrastam com o tratamento de dois réus também considerados culpados por um júri neste mês. Ambos aceitaram a responsabilidade por suas ações após fazerem um acordo com a promotoria que os poupou de uma pena considerável atrás das grades.
O juiz do Supremo Tribunal Jerry Baxter atribuiu penas de 20 anos a três dos 11 educadores condenados, ordenando que sete anos devem ser cumpridos na cadeia e os restantes em regime de suspensão condicional.
Cinco educadores receberam penas de cinco anos, dois cumprirão dois anos na prisão e outros três somente um ano.
"Milhares de crianças foram prejudicadas nisto", disse Baxter durante a audiência, quando teve discussões acaloradas com os advogados dos réus.
Dois educadores condenados, que pediram desculpas no tribunal após acordos com os promotores, receberam punições mais brandas. Um foi ordenado a passar os finais de semana na cadeia durante seis meses e a cinco anos de suspensão condicional. O outro foi sentenciado a cinco anos de suspensão condicional, com um ano de proibição de sair de casa à noite e nenhum período na prisão.
Após a descoberta da fraude em 2009, distritos escolares em todo o país implementaram práticas de proteção contra irregularidades nas escolas.
Apagar respostas erradas fazia parte da fraude por parte dos educadores, que estavam sob intensa pressão para atingir as metas, disseram os promotores durante um julgamento de quase seis meses.
Os resultados dos alunos ajudaram diretores, professores e administradores a garantir promoções e bônus em dinheiro.
(Por David Beasley)