Por Deisy Buitrago
CARACAS (Reuters) - A Venezuela está aberta a pagar sua dívida com a China -- que segundo dados independentes chega a cerca de 10 bilhões de dólares --, disse nesta quinta-feira à Reuters o parlamentar Nicolás Maduro Guerra, filho do presidente Nicolás Maduro.
A relação da Venezuela com a China é “infalível e inabalável”, disse Maduro Guerra, acrescentando que empresas chinesas estão interessadas em investir no país sul-americano.
A China é uma personagem importante no setor de óleo e gás da Venezuela, além de ser a maior credora do país da Opep. Em 2007, fechou um acordo de 50 bilhões de dólares para linhas de crédito e negócios de empréstimo-por-petróelo com o então líder Hugo Chávez.
A queda nos preços do petróleo e o declínio de produção nos campos venezuelanos levaram o governo do presidente Maduro a negociar períodos de carência para empréstimos no valor de 19 bilhões de dólares em 2020, e a Venezuela atualmente deve cerca de 10 bilhões de dólares à gigante asiática, segundo dados independentes.
Maduro Guerra afirmou que a Venezuela sempre esteve aberta a pagar sua dívida com o governo de Pequim.
“Os ministros das Finanças terão que se reunir em certo momento”, disse.
O parlamentar não deu um valor para o tamanho atual da dívida.
Economista, Maduro Guerra é o filho mais velho de seu pai em um casamento anterior e é próximo do presidente, que concorrerá à reeleição em uma votação marcada para julho.
(Reportagem de Deisy Buitrago e Vivian Sequera em Caracas; texto de Oliver Griffin)
((Tradução Redação São Paulo))
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