Lula e Trump têm conversa amistosa em telefonema e combinam encontro presencial em breve
ZURIQUE, Suíça (Reuters) - O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse nesta quinta-feira que o futebol não pode resolver conflitos, mas deve levar uma mensagem de paz e união, já que a operação militar de Israel em Gaza e outras tensões globais alimentam os apelos para que o esporte tome uma posição.
"Na Fifa, temos o compromisso de usar o poder do futebol para unir as pessoas em um mundo dividido", disse Infantino em uma reunião do Conselho da Fifa em Zurique.
"Nossos pensamentos estão com aqueles que estão sofrendo nos muitos conflitos que existem ao redor do mundo hoje, e a mensagem mais importante que o futebol pode transmitir neste momento é a de paz e união."
Infantino disse que a entidade máxima do futebol mundial não pode resolver crises geopolíticas, mas "pode e deve promover o futebol em todo o mundo, aproveitando seus valores unificadores, educacionais, culturais e humanitários".
A Fifa tem enfrentado repetidos apelos para agir em relação à guerra em Gaza, com autoridades palestinas pressionando para que Israel seja suspenso do futebol internacional.
A questão está sendo analisada pela Fifa há meses, mas nenhuma decisão foi tomada. Infantino tem dito constantemente que tais assuntos exigem consenso com as confederações e devem ser tratados com cautela.
Os comentários foram feitos um dia depois que o vice-presidente da Fifa, Victor Montagliani, observou que qualquer decisão sobre a participação de Israel em competições europeias, incluindo as eliminatórias para a Copa do Mundo, é uma questão a ser decidida pela Uefa, o que efetivamente colocou o ônus sobre a entidade europeia.
"Antes de mais nada, ele (Israel) é um membro da Uefa, não é diferente de eu ter que lidar com um membro da minha região por qualquer motivo... Eles têm que lidar com isso", disse Montagliani aos repórteres na conferência de negócios esportivos Leaders na quarta-feira.
Israel está em terceiro lugar no Grupo I das eliminatórias europeias para a Copa do Mundo do ano que vem nos Estados Unidos, Canadá e México. Na quarta-feira, a Anistia Internacional enviou uma carta à Fifa e à Uefa pedindo que suspendessem a Associação de Futebol de Israel.
(Por Julien Pretot)