CAIRO (Reuters) - Um guarda do Hamas que matou um refém israelense na segunda-feira agiu "como vingança" contra instruções depois de receber a notícia de que seus dois filhos haviam sido mortos em um ataque israelense, disse porta-voz das Brigadas al-Qassam do grupo, Abu Ubaida, nesta quinta-feira.
O incidente não representa a ética do grupo, acrescentou.
"O soldado (do Hamas) designado como guarda agiu de maneira retaliatória contra as instruções depois de receber informações de que seus dois filhos foram martirizados em um dos massacres conduzidos pelo inimigo", disse Ubaida no Telegram.
"O incidente não representa nossa ética e as instruções de nossa religião ao lidar com prisioneiros. Reforçaremos as instruções", acrescentou.
Os militares israelenses não responderam imediatamente a um pedido de comentário. Na segunda-feira, após o anúncio inicial do Hamas sobre o incidente, as Forças Armadas israelenses disseram que não poderiam corroborar ou refutar imediatamente o relato do grupo.
O momento da revelação do Hamas pode ser uma tentativa de aumentar a pressão sobre Israel antes das negociações de cessar-fogo em Doha.
Enviados de Estados Unidos, Israel, Catar e Egito estão reunidos em Doha na quinta-feira, no que é visto como um esforço de última chance para chegar a um acordo de cessar-fogo que poderia resultar na libertação de reféns israelenses e estrangeiros mantidos em Gaza em troca da liberdade de muitos palestinos presos por Israel.
(Reportagem de Nidal Al-Mughrabi e Clauda Tanios)