Por Laila Bassam e John Irish
BEIRUTE/MUNIQUE (Reuters) - O Hezbollah, apoiado pelo Irã, sinalizou nesta sexta-feira que intensificará ataques contra Israel em resposta às mortes de 10 civis libaneses em ofensivas israelenses nesta semana, enquanto Israel afirmou que removerá o Hezbollah da fronteira se a diplomacia não funcionar.
Em um discurso transmitido pela televisão, o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse que Israel pagaria o preço "com sangue", indicando o risco de uma intensificação do conflito que vem se espalhando pela fronteira libanesa-israelense desde a eclosão da guerra em Gaza em outubro.
Nasrallah acusou os israelenses de terem deliberadamente atingido civis, dizendo que Israel poderia ter evitado matá-los. Há cinco crianças entre os mortos.
"A resposta ao massacre deve ser a continuação do trabalho de resistência no front e a intensificação do trabalho de resistência no front", disse Nasrallah.
"Nossas mulheres e crianças que foram mortas nesses dias, o inimigo pagará o preço por derramar o sangue delas com sangue", afirmou.
O Exército israelense disse que realizou um "ataque aéreo preciso" no Líbano na última quarta-feira que matou comandantes e agentes do Hezbollah e não teceu comentários sobre mortes de civis. Anteriormente, os israelenses haviam dito que não têm civis como alvos.
O Hezbollah está trocando fogo há mais de quatro meses com o Exército israelense em apoio ao seu aliado palestino Hamas, que conduziu um ataque letal contra Israel em 7 de outubro, respondido com uma ofensiva israelense por terra, ar e mar em Gaza.
(Reportagem de Jana Choukeir e Laila Bassam; Reportagem adicional de Maayan Lubell em Jerusalém)