DUBAI (Reuters) - Autoridades iranianas bloquearam o acesso à Internet para sites estrangeiros em diversas províncias, disse nesta quarta-feira uma agência de notícias do país, um dia antes da realização de novos protestos convocados pelas redes sociais.
Posts em sites e parentes de mortos nos confrontos do mês passado devido ao aumento nos preços da gasolina convocaram mais protestos e cerimônias em homenagem aos falecidos para esta quinta-feira.
Em novembro, o Irã bloqueou a Internet por aproximadamente uma semana para diminuir o ímpeto dos protestos sobre os combustíveis, que tomaram um viés político e foram reprimidos com a maior reação do governo em 40 anos da República Islâmica.
O governo culpou os inimigos externos por provocarem as tensões. Uma autoridade negou qualquer determinação das autoridades para bloquear a Internet. Uma agência de notícias também citou operadoras de telefonia móvel dizendo que seus serviços não foram interrompidos.
A agência de notícias semioficial ILNA citou uma fonte do Ministério das Comunicações e da Tecnologia da Informação segundo a qual o bloqueio foi ordenado por “autoridades de segurança”, cobrindo as províncias de Alborz, Curdistão, Zanjã e Fars.
“De acordo com essa fonte, é possível que mais províncias sejam afetadas pelo bloqueio na conectiviade celular internacional”, afirmou a agência.