As tensões no Oriente Médio se intensificaram à medida que Israel se prepara para um possível ataque aéreo ao Irã, após um recente ataque com mísseis de Teerã. Especialistas com experiência em inteligência e tomada de decisões militares sugerem que, embora a situação seja precária, ainda existem medidas que poderiam evitar uma guerra regional em grande escala.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, aderindo à sua doutrina de dissuasão, declarou: "Quem nos ataca - nós atacamos", durante uma reunião do gabinete de segurança na noite de terça-feira. Isso ocorre após o lançamento de aproximadamente 180 mísseis balísticos do Irã contra Israel no início desta semana. Apesar da postura agressiva, autoridades israelenses comunicaram aos homólogos americanos que sua resposta será "calibrada", com uma lista final de alvos ainda em consideração.
Potenciais alvos para a retaliação de Israel poderiam incluir instalações militares iranianas, como infraestrutura de mísseis, centros de comunicação e usinas de energia, segundo Avi Melamed, ex-oficial de inteligência israelense. No entanto, especialistas acreditam que Israel tem menos probabilidade de atacar instalações petrolíferas ou nucleares do Irã devido ao alto risco de provocar um contra-ataque iraniano severo que poderia ameaçar a estabilidade regional, especialmente os locais de produção de petróleo dos aliados dos EUA no Golfo.
O presidente dos EUA, Joe Biden, embora não negocie abertamente, insinuou discussões sobre ataques israelenses à infraestrutura petrolífera do Irã, o que contribuiu para um aumento nos preços globais do petróleo. As recentes ações de Israel contra o Hezbollah surpreenderam muitos, incluindo o assassinato do líder do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah, e uma incursão terrestre no sul do Líbano.
Norman Roule, ex-oficial sênior da CIA, sugeriu que Israel poderia visar instalações iranianas cruciais para a produção doméstica de gasolina e diesel, poupando instalações de exportação, para evitar justificar a retaliação iraniana contra instalações dos estados do Golfo e limitar o impacto nos preços do petróleo bruto.
O conflito entre Israel e Irã tem se limitado até agora a ataques aéreos, operações secretas e milícias proxy devido à distância geográfica entre as duas nações. O Irã tem mostrado contenção em seus engajamentos militares, com seus ataques aéreos a Israel sendo cuidadosamente calibrados.
Potências regionais como Egito e os estados do Golfo estão buscando evitar o envolvimento no conflito, com ministros do Golfo supostamente engajados em conversas com o Irã para afirmar sua neutralidade. Os EUA expressaram seu apoio a Israel, mas é improvável que comprometam tropas terrestres como em guerras passadas no Golfo.
O recente ataque a Israel por combatentes do Hamas em 07.10.2023 e a subsequente retaliação israelense em Gaza já tiveram consequências devastadoras, com milhares de vítimas e deslocamentos. Com a aproximação da eleição presidencial dos EUA em 05.11.2024, a influência de Biden sobre as decisões militares de Israel pode ser limitada.
Surgiram apelos por ação contra instalações petrolíferas iranianas em Washington, com o senador republicano dos EUA Lindsey Graham defendendo ataques duros a refinarias para cortar o fluxo de caixa do regime. No entanto, tais ações poderiam provocar o Irã e alarmar os estados árabes vizinhos, receosos de potenciais repercussões.
Os preços do petróleo permaneceram relativamente estáveis apesar dos conflitos globais em curso, negociando entre 70 e 90 USD por barril. Analistas acreditam que a OPEC poderia gerenciar a perda da produção do Irã, mas enfrentaria desafios se o conflito se escalasse para afetar as capacidades petrolíferas de produtores-chave como Arábia Saudita ou Emirados Árabes Unidos.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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