Israelenses protestam em todo o país para exigir fim da guerra em Gaza e libertação de reféns

Publicado 17.08.2025, 15:09
Atualizado 17.08.2025, 15:10
© Reuters. Israelenses realizam manifestação em estrada próxima de Latrun, em Israeln17/08/2025nREUTERS/Ronen Zvulun

Por Rami Amichay e Lili Bayer

TEL AVIV/JERUSALÉM (Reuters) - Milhares de israelenses participaram de uma greve nacional neste domingo em apoio às famílias dos reféns mantidos na Faixa de Gaza, pedindo ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que chegue a um acordo com o Hamas para pôr fim à guerra e libertar os prisioneiros restantes.

Manifestantes agitaram bandeiras israelenses e carregaram fotos dos reféns enquanto apitos, buzinas e tambores ecoavam em comícios por todo o país, enquanto alguns manifestantes bloqueavam ruas e rodovias, incluindo a principal rota entre Jerusalém e Tel Aviv.

"Hoje, tudo para lembrar o valor mais alto: a santidade da vida", disse Anat Angrest, mãe do refém Matan Angrest, a repórteres em uma praça pública em Tel Aviv.

Entre as pessoas que se reuniram com as famílias dos reféns em Tel Aviv estava a atriz israelense Gal Gadot, conhecida por seu papel como Mulher Maravilha e por estrelar a franquia Velozes e Furiosos.

Antes deste domingo, algumas empresas e instituições disseram que permitiriam que seus funcionários participassem da greve nacional, convocada pelas famílias dos reféns.

Embora algumas empresas tenham fechado, muitas também permaneceram abertas em todo o país no que é um dia útil em Israel. As escolas estão em recesso de verão e não foram afetadas.

Uma grande manifestação está programada para ocorrer em Tel Aviv no período da noite.

A polícia israelense disse que 38 manifestantes haviam sido detidos. Alguns indivíduos que bloqueavam estradas brigaram com a polícia e foram presos.

As manifestações em todo o país foram brevemente interrompidas por volta das 16h, no horário local, quando as sirenes de ataque aéreo soaram em Tel Aviv, Jerusalém e em outros lugares, alertando sobre a chegada de um míssil disparado do Iêmen. O míssil foi interceptado sem incidentes.

Neste domingo, Netanyahu disse a seu gabinete: "Aqueles que hoje pedem o fim da guerra sem derrotar o Hamas não estão apenas endurecendo a posição do Hamas e atrasando a libertação de nossos reféns. Eles também estão assegurando que os horrores de 7 de outubro se repitam várias vezes".

O primeiro-ministro, que lidera a coalizão mais conservadora da história do país, disse que seu governo está determinado a implementar uma decisão para que os militares tomem a Cidade de Gaza, uma das últimas grandes áreas do enclave que ainda não controla.

Essa decisão é amplamente impopular entre os israelenses e muitas das famílias dos reféns, que temem que uma campanha militar ampliada em Gaza possa colocar em risco a vida de seus entes queridos ainda mantidos em cativeiro.

Há 50 reféns mantidos por militantes em Gaza, dos quais as autoridades israelenses acreditam que cerca de 20 ainda estejam vivos.

Mais de 61.000 palestinos já foram mortos na campanha militar de Israel em Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais. Eles disseram neste domingo que pelo menos 29 pessoas haviam sido mortas ao longo do último dia.

Cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 foram levadas para Gaza durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Mais de 400 soldados israelenses foram mortos em Gaza desde então.

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