A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que irá lutar para fortalecer a segurança na fronteira caso seja eleita presidente. A pré-candidata democrata citou sua experiência como procuradora-geral da Califórnia, em discurso no Arizona.
“Eu fui procuradora-geral de um Estado fronteiriço. Eu enfrentei as gangues transnacionais, os cartéis de drogas e os traficantes de pessoas”, disse à plateia. “Eu processei caso após caso e venci. Eu sei do que eu estou falando”.
O sistema de imigração nos Estados Unidos está “quebrado” e é preciso consertá-lo, acrescentou Kamala. Ela declarou que é necessária “uma reforma abrangente, que inclua uma forte segurança nas fronteiras e um caminho merecido para a cidadania”.
“CZAR DA FRONTEIRA”
Os republicanos apelidaram a vice-presidente de “czar da fronteira”. O grupo oponente responsabiliza Kamala pelo alto fluxo de imigrantes no país e o associa a uma crise de segurança.
O pré-candidato à vice na chapa democrata, o governador do Minnesota, Tim Walz, também é alvo de críticas nesse tema.
Em 2023, Walz assinou um conjunto de leis que ampliou serviços e benefícios estaduais para imigrantes sem documentos. Os republicanos dizem que essa legislação seria um exemplo da política “radical de esquerda” dos democratas.
QUEM É KAMALA HARRIS
A pré-candidata democrata na corrida para a Casa Branca tem uma série de ineditismos na sua trajetória. Kamala (pronuncia-se “KÔ-ma-la”, e não “KÂ-ma-la” nem “Ka-MÁ-la”) foi a 1ª mulher a atuar como procuradora de São Francisco, a 1ª procuradora-geral da Califórnia descendente de asiáticos (a mãe é indiana), a 1ª senadora indo-norte-americana dos EUA e a 1ª mulher negra a se tornar vice-presidente do país.
Com a confirmação de sua candidatura, Kamala se tornou a 1ª mulher negra a ser indicada por um grande partido para concorrer à Casa Branca. Se derrotar Trump no pleito, será a 1ª mulher na Presidência dos EUA.