DUESSELDORF/HAMBURGO, Alemanha (Reuters) - Milhares de trabalhadores do setor industrial da Alemanha promoviam greve nesta segunda-feira em apoio à campanha salarial da central sindical IG Metall, que anunciou uma nova onda de paralisações para a terça-feira.
Com a economia alemã mostrando desempenho robusto e o desemprego em nível recorde de baixa, a maior central sindical do país está cobrando aumento de 6 por cento este ano para 3,9 milhões de trabalhadores.
Antes de uma rodada de negociações regionais na quinta-feira, os empregadores oferecem reajuste de 2 por cento mais um abono de 200 euros no primeiro trimestre.
Nesta segunda-feira, mais de 3 mil trabalhadores na fábrica da Porsche em Stuttgart cruzaram os braços, elevando o total de funcionários do setor industrial que participaram de atos para mais de 15 mil desde o início da semana passada, segundo o IG Metall.
"Os empregadores provocaram esta greve de alerta com seu comportamento na mesa de negociação", disse Knut Giesler, diretor do IG Metall no Estado de Renânia do Norte-Vestfália, o mais populoso da Alemanha.
Neste Estado, o centro industrial da Alemanha, a central sindical pediu paralisações em 143 companhias na terça-feira, incluindo o conglomerado Thyssenkrupp (DE:TKAG).
O IG Mettal também está pedindo redução da jornada de trabalho de 35 para 28 horas por semana. Os empregadores rejeitam esta demanda.
"Se fornecermos incentivo para menos trabalho, não vamos conseguir manter a produção no nível atual", disse Oliver Zander, presidente-executivo do associação Gesamtmetall, que congrega o setor industrial e é a contraparte empresarial do IG Mettal.