KARACHI (Reuters) - As Forças Armadas do Paquistão mataram 24 militantes em três dias na província de Baluchistão, no sudoeste do país, segundo um comunicado divulgado pelos militares na sexta-feira, a menos de uma semana das eleições nacionais.
Quatro policiais e dois civis também morreram, de acordo com o comunicado.
A violência militante nas áreas de fronteira do Paquistão colocou as autoridades em alerta antes das eleições da próxima quinta-feira.
Militantes, incluindo homens-bomba, atacaram os complexos de Mach e Kolpur no Baluchistão, informou a agência militar de relações públicas (ISPR) na terça-feira.
O Exército de Libertação Baloch (BLA), o mais proeminente de vários grupos separatistas do Balochistão, reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
O grupo tem como objetivo conquistar a independência do Balochistão, região montanhosa e rica em minérios, a maior província do Paquistão em termos de território, mas a menor em termos de população, que vem sofrendo uma insurgência há décadas.
O Baluchistão faz fronteira com o Afeganistão ao norte, com o Irã a oeste e tem um longo litoral no Mar da Arábia. Possui o maior campo de gás natural do Paquistão e acredita-se que contenha muitas outras reservas não descobertas.
Também é rico em metais preciosos, incluindo ouro, cuja produção tem crescido nos últimos anos.
O Baluchistão é um local importante no enorme e multibilionário Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC) da China, parte da iniciativa de infraestrutura Nova Rota da Seda do presidente Xi Jinping.
(Reportagem de Ariba Shahid)