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BELGRADO (Reuters) - Pelo menos oito imigrantes se afogaram e outros estão desaparecidos após o barco em que estavam virar na madrugada desta quinta-feira ao tentar atravessar o rio Drina, da Sérvia para a Bósnia, disse o chefe da equipe de resgate bósnia.
Vlada Rankic, líder da equipe de resgate da Defesa Civil, informou que um barco virou por volta das 06h da manhã, horário local, durante uma travessia ilegal da fronteira.
"Não temos informações precisas, oito corpos foram resgatados até agora", disse Rankic a jornalistas, próximo ao local do acidente, perto da cidade bósnia de Bratunac.
Ele acrescentou que as equipes de resgate estavam procurando por uma mãe e um bebê.
"Infelizmente, não acreditamos que haverá sobreviventes."
Sergundo Rankic, as equipes de resgate da Defesa Civil, as polícias de fronteira da Bósnia e da Sérvia, mergulhadores e bombeiros foram mobilizados na busca ao longo das margens florestais do rio.
"Utilizamos todos os recursos possíveis", afirmou.
Rankic não soube dizer quantas pessoas estavam no barco. Mais cedo, o diretor da Defesa Civil, Boris Trninic, disse à agência de notícias Srna que as estimativas não oficiais apontam para 30 pessoas, 15 das quais chegaram à margem.
A emissora de televisão N1 informou que as equipes de resgate também procuravam um contrabandista que levou os migrantes para o outro lado do rio.
As autoridades bósnias não puderam ser contatadas para comentar o assunto em um primeiro momento. A polícia de fronteira confirmou que o incidente ocorreu no início da manhã, sem fornecer detalhes.
Autoridades sérvias confirmaram que houve um incidente no rio, mas não puderam confirmar as mortes. O ministro do Interior, Ivica Dacic, disse que 25 pessoas estavam a bordo, das quais apenas 18 chegaram ao lado bósnio.
Milhares de pessoas de Oriente Médio, Afeganistão, Paquistão e Norte da África usam anualmente a chamada rota dos Bálcãs, que passa pela Turquia, Bulgária, Macedônia do Norte e Sérvia, para chegar aos países ricos do Ocidente.
Muitos imigrantes cruzam as fronteiras com a ajuda de redes elaboradas de contrabandistas e acidentes são frequentes.
(Reportagem de Aleksandar Vasovic e Daria Sito-Sucic)