MOSCOU (Reuters) - A polícia de Moscou libertou o político da oposição russa Dmitry Gudkov da custódia nesta quinta-feira, mas o manteve como suspeito em um caso criminal que levou à sua prisão há dois dias, disseram seus advogados.
O ex-parlamentar de 41 anos foi detido na terça-feira em meio a uma ofensiva contra os oponentes políticos do Kremlin, que ocorre antes das eleições parlamentares de setembro.
Ele era suspeito de não pagar uma dívida em um imóvel alugado entre 2015-2017, de acordo com a mídia estatal. Seu pai, Gennady Gudkov, disse que a propriedade não estava de forma alguma ligada a seu filho.
Gudkov pode pegar até cinco anos de prisão se for acusado e considerado culpado, informou a agência de notícias estatal TASS.
Um tribunal deveria considerar os termos de sua custódia pré-julgamento na quinta-feira, mas a audiência não aconteceu e ele foi solto, pois 48 horas se passaram desde sua prisão.
Não ficou claro por que a audiência não ocorreu. Sua tia, Irina Ermilova, que também era suspeita no caso, foi liberada após comparecer à audiência, informou um tribunal.
A oposição na Rússia acusou as autoridades de tentarem sufocar suas atividades antes das eleições para a câmara baixa do parlamento em setembro.
Um tribunal deve se reunir na próxima semana para considerar a proibição do movimento do crítico do Kremlin, Alexei Navalny, como "extremista".
(Reportagem de Tom Balmforth, Anton Zverev e Maria Vasilyeva)