RIMINI, Itália (Reuters) - O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, prometeu nesta terça-feira levar adiante seu plano de reforma, apesar da crescente oposição dentro do Parlamento, afirmando que a Itália precisa se libertar de 20 anos de inércia e impasses.
Ao retornar das férias, Renzi dispensou as sugestões de que poderia ter que realizar novas eleições devido ao cenário político fragmentado. Ele prometeu cumprir os cortes de impostos que planeja para os próximos três anos.
"Enquanto o mundo seguiu em frente, nós ficamos travados, encurralados em estéreis debates internos", disse o premiê, de 40 anos, em uma conferência no resort de Rimini, no mar Adriático. "A Itália pode ter o seu papel em uma Europa em transformação, dado que mude a si própria."
Renzi chegou ao poder em fevereiro de 2014 após vencer uma disputa interna do seu Partido Democrático, de centro-esquerda. Ele tem pressionado por reformas legislativas, inclusive algumas direcionadas a reanimar o mercado de trabalho e melhorar o sistema educacional.
No entanto, sua atividade frenética ainda tem que gerar resultados, apesar de a muito aguardada recuperação econômica estar perdendo força e do seu próprio índice de aprovação ter caído 35 pontos percentuais ao longo do último ano.
(Reportagem de Paolo Biondi)