(Reuters) - Forças ucranianas atacaram neste sábado uma ponte da Crimeia e outros alvos não especificados na região, em uma grande ofensiva com foguetes e drones, mas de acordo o Ministério da Defesa russo as operações não resultaram em mortes ou danos. O Ministério das Relações Exteriores russo prometeu retaliar o que chamou de “ataque terrorista”. A Crimeia foi anexada à força pela Rússia em 2014, quando pertencia à Ucrânia. A Rússia afirmou que as forças ucranianas tentaram, sem sucesso, atacar a ponte no Estreito de Querche com foguetes S-200, forçando uma interrupção temporária no tráfego de veículos. Uma segunda tentativa teria forçado novo fechamento na manhã deste sábado. A ponte, que tem 19 quilômetros de extensão, liga a Crimeia ao território russo. “O míssil ucraniano foi detectado na hora certa e acabou interceptado pelos sistemas de defesa aérea da Rússia. Não tivemos mortos, feridos ou danos”, informou o Ministério da Defesa russo. Imagens que circulam nas redes sociais russas neste sábado mostram a ponte envolta em fumaça, mas a Reuters não conseguiu verificar sua veracidade de forma independente. A Ucrânia quase nunca assume a autoria de ataques, mas tem afirmado que destruir a infraestrutura militar russa é fundamental em sua contraofensiva. A ministra das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, condenou os ataques à ponte. “Não há justificativa para ações bárbaras como essa, que não ficarão sem resposta”, escreveu em uma rede social. A ponte ficou muito danificada em outubro passado, após uma explosão que, segundo autoridades russas, foi causada por um caminhão que explodiu enquanto cruzava a pista, matando três pessoas. O serviço de inteligência ucraniano, o SBU, assumiu a autoria da ação de sabotagem. A estrutura, que é a única ligação terrestre entre a Rússia e a Crimeia, foi um projeto do presidente russo, Vladimir Putin, que inaugurou o tráfego rodoviário por ela dirigindo um caminhão em 2018. (Reportagem de Lidia Kelly e Felix Light (BVMF:LIGT3))
((Tradução Redação São Paulo))
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