Por Piya Sinha-Roy
LOS ANGELES (Reuters) - Filmes sobre Hollywood muitas vezes fazem referência ao glamour, ao brilho e à era de ouro do cinema, mas "Dois Caras Legais" mostra um reflexo muito diferente da Los Angeles do final dos anos 1970.
"LA tinha um lado meio decadente, era um lado decadente quase bíblico, como uma Sodoma e Gomorra, este lugar era uma bagunça –o céu coberto de fumaça, existia um antro de pornografia (na avenida) Hollywood Boulevard", disse o diretor e roteirista Shane Black.
"Era o cenário perfeito de glória desbotada para colocar estes dois palhaços, estes dois detetives particulares tentando detectar coisas que nunca vão conseguir."
A visão de Los Angeles adotada por Black está no filme "Dois Caras Legais", que estreia nos Estados Unidos nesta sexta-feira. A comédia policialesca acompanha as peripécias bizarras e surreais de dois investigadores incompetentes, Holland (Ryan Gosling) e Jackson (Russell Crowe).
A dupla se conhece quando Jackson quebra o braço de Holland. Mesmo a contragosto, eles se juntam para solucionar um mistério cada vez maior a respeito de uma garota desaparecida que os coloca face a face com as indústrias pornográfica e automotiva.
"É como um filme anticamaradas", disse Crowe. "Não existe nem um pouco de conexão familiar entre estes dois caras, nem um gesto amigável, nada, só acontece de estarem presos a uma situação."
Black disse que queria que o relacionamento de Crowe e Gosling refletisse um retrato mais adulto, acrescentando que "o gênero do detetive particular é composto mais por homens do que por garotos". OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20160520T195416+0000