Não tenho pressa em adotar reciprocidade contra os EUA por tarifa, diz Lula
Por Daniel Trotta
(Reuters) - Um segundo ex-policial de Memphis se declarou culpado nesta sexta-feira de acusações federais pela morte do motorista negro Tyre Nichols, cujo video em que é espancado por cinco policiais negros em janeiro de 2023 chocou os Estados Unidos.
Emmitt Martin III, um dos cinco policiais demitidos que enfrentam acusações criminais, também deve se dizer culpado nas ações do estado do Tennessee, afirmou em comunicado a procuradoria do condado de Shelby.
Martin se disse culpado de duas das quatro acusações federais contra ele: uma por privar Nichols de seus direitos civis e outra por adulteração de testemunhas. Ele concordou em cooperar com a investigação, segundo seu acordo de confissão.
Isso aumenta a possibilidade de ele testemunhar contra seus ex-colegas, já que Martin admitiu conspirar com eles para dar uma versão enganosa sobre o espancamento. Membros de sua defesa não responderam imediatamente aos pedidos da Reuters para que comentassem o tema.
Em novembro, outro dos policiais demitidos, Desmond Mills, já havia se declarado culpado, concordando em fazer o mesmo em relação às acusações no estado do Tennessee. Em troca de seu acordo, o policial, que poderia ser condenado à prisão perpétua, concordou com promotores estaduais e federais em cumprir uma pena de 15 anos, disse o comunicado.
No acordo de Martin, promotores federais concordaram em recomendar uma sentença que não ultrapasse os 40 anos, e que o réu possa buscar um acordo para ter uma pena ainda menor.
Martin e Mills estão entre os cinco policiais que tinham inicialmente dito não serem culpados pelos crimes federais contra direitos civis e acusações estaduais de homicídio qualificado.
Vídeos da polícia mostraram os membros da corporação chutando, socando e jogando spray de pimenta em Nichols, além de acertá-lo com um cassetete no dia 7 de janeiro de 2023.
A vítima, que tinha 29 anos, morreu no hospital três dias depois.