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BOGOTÁ (Reuters) - Um tribunal colombiano reverteu nesta terça-feira a condenação do ex-presidente Álvaro Uribe das acusações de fraude processual e suborno em processos criminais, uma decisão que representa um triunfo judicial para o político na corrida para as eleições de 2026.
Uma juíza condenou Uribe no início de agosto a 12 anos de prisão em meio a acusações de manipulação de testemunhas, tornando-o o primeiro ex-presidente a ser condenado na história do país sul-americano, mas a defesa do político recorreu da decisão, argumentando erros de facto e de direito, "avaliações notoriamente tendenciosas" e "defeitos irremediáveis".
A decisão do Tribunal Superior de Bogotá, que anteriormente anulou a prisão domiciliar contra Uribe ordenada pela 44ª juíza de Bogotá, Sandra Liliana Heredia, encerra temporariamente um processo profundamente polarizado, de quase 13 anos, no qual os partidários do político alegaram perseguição e seus detratores exigiram justiça.
A decisão do tribunal é passível de recurso pelo lado oposto e pode ser revisada pela Corte Suprema, a máxima instância da Justiça colombiana.
Uribe, 73 anos, que governou a Colômbia por dois mandatos consecutivos entre 2002 e 2010, declarou-se inocente durante o julgamento e, em seu recurso ao tribunal, chamou a decisão de primeira instância da juíza Heredia de "decisão política".
A decisão do tribunal ocorre antes do início da campanha para as eleições legislativas e presidenciais de 2026, nas quais um novo Congresso será eleito, bem como o sucessor do presidente de esquerda Gustavo Petro, e nas quais vários aliados de Uribe concorrerão.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)