Por Helen Coster e Gram Slattery
NOVA YORK (Reuters) - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que criará uma comissão de eficiência governamental chefiada pelo apoiador bilionário Elon Musk, caso vença a eleição de 5 de novembro.
O ex-presidente vem discutindo a ideia de uma comissão de eficiência governamental com assessores há semanas, disseram à Reuters pessoas com conhecimento dessas conversas. Seu discurso no Clube Econômico de Nova York nesta quinta-feira, no entanto, foi a primeira vez que ele endossou publicamente a ideia.
Foi também a primeira vez que Trump disse que Musk concordou em chefiar o órgão.
"Criarei uma comissão de eficiência governamental encarregada de realizar uma auditoria financeira e de desempenho completa de todo o governo federal e fazer recomendações para reformas drásticas", disse Trump.
Musk disse em um podcast de 19 de agosto que havia conversado com o ex-presidente sobre o assunto e que estaria interessado em fazer parte do órgão.
"Estou ansioso para servir a América se a oportunidade surgir", escreveu Musk no X nesta quinta-feira.
Em seus comentários iniciais, Trump apontou para vários líderes empresariais na plateia, incluindo o presidente-executivo do JP Morgan, Jamie Dimon, o presidente-executivo do Blackstone (NYSE:BX) Group, Stephen Schwarzman, e seu próprio ex-secretário do Tesouro, Steve Mnuchin.
Os participantes do evento desta quinta-feira também incluíram o chefe-executivo da Cantor Fitzgerald, Howard Lutnick, que atua como copresidente da equipe de transição de Trump.
Na campanha eleitoral, Trump frequentemente culpou a candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris, pelo aumento dos preços dos produtos de uso diário durante o mandato do presidente Joe Biden,.
Embora a inflação tenha desacelerado nos últimos dois anos, muitos consumidores dos EUA ainda estão insatisfeitos com os preços mais altos que têm de pagar por alimentos, gasolina e outros produtos, de acordo com pesquisas de opinião pública.
Trump é visto como um administrador mais competente da economia pela maioria dos eleitores. Mas sua vantagem sobre Kamala nessa questão está diminuindo, segundo as pesquisas.