Por Gabriela Baczynska e Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia deu sua aprovação final para um novo lote de sanções contra a Rússia por causa da guerra contra a Ucrânia, disse o braço executivo do bloco em Bruxelas nesta quarta-feira.
A UE foi estimulada a agir pelas ameaças nucleares da Rússia e pela mobilização militar para sua guerra de sete meses na Ucrânia, além do anúncio de Moscou sobre anexação de partes de sua vizinha - uma ex-república soviética que agora quer ficar do lado do Ocidente.
As medidas incluem mais restrições no comércio com a Rússia de produtos siderúrgicos e tecnológicos, e um teto de preço do petróleo para entregas de petróleo russo via marítima a terceiros países por meio de seguradoras europeias destinadas a alinhar o bloco com os Estados Unidos.
Além disso, as sanções terão como alvo mais indivíduos no Ministério da Defesa russo, pessoas envolvidas nas votações de anexação no leste ocupado da Ucrânia e aqueles que participam de ações para contornar as sanções.
"Saúdo o acordo dos Estados membros hoje sobre o pacote de oito sanções", disse a chefe do executivo do bloco, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
"Nunca aceitaremos os falsos referendos de Putin nem qualquer tipo de anexação na Ucrânia. Estamos determinados a continuar fazendo o Kremlin pagar."
Com a exigência de que sanções tenham apoio unânime de todos os 27 membros do bloco, o acordo é mais modesto do que alguns haviam proposto.
"O pacote poderia ter sido muito mais forte", disse o embaixador da Polônia na UE, Andrzej Sados. "Mas, dado que exigimos unanimidade... é importante que tenhamos essa forte resposta aos últimos passos agressivos da Rússia."