MONTEVIDÉU (Reuters) - O Uruguai confirmou nesta terça-feira o seu primeiro paciente infectado com o vírus Zika, contraído no Brasil, disse uma fonte do Ministério da Saúde uruguaio à Reuters.
O país sul-americano não havia detectado casos da infecção, sendo o único da região sem registro da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também pode provocar dengue e chikungunya.
O paciente é um homem uruguaio que esteve recentemente no Rio de Janeiro, segundo disse a fonte sob a condição de anonimato.
A infecção do vírus Zika em gestantes tem sido relacionada a um aumento de casos de recém-nascidos com microcefalia no Brasil, o que motivou a busca conjunta com pesquisadores norte-americanos por uma vacina.
O Brasil já confirmou mais de 940 casos de microcefalia e acredita que a maioria deles está relacionada às infecções do Zika nas mães. O país investiga outros 4.300 possíveis casos de microcefalia, a má-formação craniana de recém-nascidos.
Pesquisadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) disseram no fim de março que há um “consenso científico forte” sobre a ligação do vírus com a microcefalia e com a síndrome de Guillain-Barré, uma desordem neurológica, ainda que as evidências conclusivas pudessem demorar meses ou anos.
(Por Malena Castaldi)