Varejistas da China prometem ajudar exportadores a vender no mercado interno em meio à guerra comercial

Publicado 11.04.2025, 11:28
Atualizado 11.04.2025, 11:31
© Reuters. Sede da JD.com em Pequimn09/11/2021nREUTERS/Tingshu Wang

PEQUIM (Reuters) - Gigantes do varejo na China lançaram iniciativas nos últimos dias com o objetivo de ajudar exportadores chineses a se voltarem para o mercado interno, à medida que a guerra comercial entre os Estados Unidos e o país asiático se intensifica.

Pequim aumentou suas tarifas sobre as importações dos EUA nesta sexta-feira para 125%, revidando a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de aumentar as tarifas sobre produtos chineses para 145%.

A gigante chinesa do comércio eletrônico JD.com (NASDAQ:JD) disse na sexta-feira que lançará um fundo de 200 bilhões de iuanes (US$27,35 bilhões) para ajudar os exportadores do país a vender seus produtos no mercado interno no próximo ano.

A JD.com disse que enviaria funcionários a empresas chinesas envolvidas no comércio exterior, compraria diretamente "produtos de alta qualidade" e criaria uma área especial em sua plataforma de comércio eletrônico para vender esses produtos e direcionar o tráfego e o suporte de marketing para essa área.

Separadamente, a rede de supermercados Freshippo, de propriedade do Alibaba (NYSE:BABA), rival da JD.com, disse que abriu um caminho rápido para as empresas exportadoras explorarem o mercado doméstico.

Os programas de apoio aos exportadores chineses podem ajudá-los a recuperar parte de suas perdas decorrentes da redução das vendas no exterior, iniciando ou aumentando rapidamente as vendas no mercado interno, embora enfrentem intensa concorrência em uma economia em desaceleração.

Assim como a JD.com, a Freshippo criará uma zona especial em sua plataforma, onde somente os produtos dessas empresas serão vendidos. A empresa disse que também facilitará a entrada de exportadores em sua plataforma, simplificando o registro, e permitirá que esses exportadores utilizem a rede de depósitos da empresa.

No início da semana, duas das maiores operadoras de supermercados da China, a CR Vanguard e a Yonghui Superstores, anunciaram medidas de apoio semelhantes para os exportadores chineses.

"Em meio à mudança do cenário econômico global e à intensificação das guerras comerciais, várias empresas chinesas da cadeia de suprimentos se munem de aspirações e não estão dispostas a ceder", disse a Yonghui em um comunicado na segunda-feira.

"Quando suas exportações enfrentarem bloqueios e você tentar mudar para as vendas domésticas, abriremos um 'canal verde' para colocar seus produtos em nossas prateleiras dentro de 15 dias", completou a companhia.

(Reportagem de Eduardo Baptista; reportagem adicional de Shi Bu)

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