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O Irã venderá mísseis balísticos de curto alcance Fath-360 “em breve” à Rússia, de acordo com a Reuters. Segundo a agência de notícias internacional, dezenas de militares russos foram recentemente ao país persa para receberem o treinamento de uso dos projéteis.
Apesar de o Irã pretender realizar a venda de seus equipamentos bélicos à Rússia, ainda não há data definidas para a efetivação do negócio. No entanto, a Reuters afirma que o acordo foi fechado em 13 de dezembro entre o governo dos países.
A venda de produtos bélicos de Teerã a Moscou se dá em um momento de tensão entre o Irã e Israel. A relação entre os países foi novamente estremecida depois da morte do ex-líder político do Hamas Ismail Haniyeh, em julho. O governo iraniano acusa os israelenses e os Estados Unidos de serem os responsáveis pela morte.
O comércio de equipamentos bélicos também é feito enquanto o Exército da Ucrânia avança contra o território russo de Kursk. Por conta da ofensiva de Kiev, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, promete maiores retaliações contra os ucranianos.
Em resposta ao negócio entre Irã e a Rússia, o Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos declarou que Washington D.C. e aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e do G7 (grupo das 7 maiores economias do mundo) estão prontos para reagir de forma rápida e severa a tal comercialização.
“Isso representaria uma escalada dramática no apoio do Irã à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”, afirmou à Reuters.
Porém, o Irã nega que a comercialização dos Fath-360 junto a Rússia seja uma forma de apoio ao conflito entre Moscou e Kiev. Segundo o governo iraniano, os países têm autonomia para usarem as armas depois de compradas.
“O Irã e a Rússia se envolvem na compra mútua de peças e equipamentos militares. Como cada país usa esse equipamento, é uma decisão inteiramente deles”, disse um oficial iraniano à agência.
Os países ocidentais temem que os novos equipamentos iranianos dificultem a resistência ucraniana no conflito contra Moscou. Atualmente, o Exército comandado por Vladimir Putin já usa drones iranianos contra as forças de Kiev.