A perspectiva da ação da Apple (NASDAQ:AAPL) raramente é rebaixada pelos analistas. A semana passada foi uma exceção, no entanto, após o balanço do primeiro trimestre de 2018 do titã da tecnologia na quinta-feira, 1º de fevereiro, quando muitos analistas viram a formidável empresa se esforçando para atingir as expectativas de Wall Street sobre o crescimento de vendas.
Para alguns analistas, a previsão da Apple para uma receita mais baixa do que a esperada para o segundo trimestre, juntamente com as vendas menores de iPhone durante o último período de festas, significou que o seu "super ciclo" de crescimento vem acabando rapidamente, sinalizando que deveriam reduzir suas projeções. Essa visão sombria não teve um impacto positivo no preço da ação da Apple.
No momento da redação deste artigo a ação está sendo negociada em US$ 160,50, 11% abaixo da sua máxima de 52 semanas. O que está deixando os investidores tão nervosos sobre essa empresa de US$ 816 bilhões que, há anos, tem gerado rendimentos esmagadores no mercado?
Ao anunciar seus resultados do primeiro trimestre em 1º de fevereiro, a Apple também deu uma previsão para o trimestre de março, que frustrou as expectativas de Wall Street em vários bilhões de dólares. Mas essa não foi a maior surpresa negativa.
Por várias semanas o mercado antecipou uma certa desaceleração nas vendas, seguindo a notícia de que a Apple estava reduzindo os pedidos aos seus fornecedores porque os consumidores não estavam muito interessados em comprar novos iPhones. O que mais decepcionou os analistas foi o relatório de vendas dos iPhones durante a temporada de festas de 2017. Durante esse período, as vendas do iPhone totalizaram 77 milhões de unidades, 1% abaixo do total do ano anterior e também inferior aos 80 milhões que Wall Street esperava.
No entanto, tão decepcionante quanto possa parecer para alguns analistas, acho que as ações da Apple estão subvalorizadas, e essa retração oferece uma boa oportunidade para os investidores de longo prazo comprarem a Apple. Aqui estão os meus principais motivos para apoiar essa escolha bullish pela ação:
1. Plano de Retorno de Capital
Para os investidores de longo prazo, cujo objetivo é ter um retorno decente através de dividendos e valorização do capital, o timing não poderia ser melhor do que esse para ter ações da Apple. A empresa está planejando aumentar ainda mais seu plano de retorno de capital, que já é o maior no histórico corporativo. O chefe de finanças da Apple, Luca Maestriby, disse aos analistas na semana passada que a empresa planeja manter uma quantidade igual de dinheiro e dívida, sugerindo que mais dividendos e recompra de ações estão a caminho. A Apple está no processo de um programa de recompra de ações de US$ 210 bilhões, dos quais US$ 176 bilhões já foram concluídos.
A tesouraria da Apple saltou para US$ 285 bilhões, aumentando a quantidade de dinheiro offshore que será tributado de acordo com a nova legislação americana. A empresa está trazendo centenas de bilhões de dólares de volta aos EUA e planeja pagar US$ 38 bilhões em impostos. Quando a Apple anunciar detalhes de seu plano de retorno de capital, provavelmente em maio, a empresa poderá aumentar sua recompra de ações em até US$ 300 bilhões, de acordo com uma estimativa de Jim Suva do Citigroup. Isso significaria comprar mais de um terço da empresa ao longo de vários anos.
Sou um grande fã das empresas que recompram suas ações. Com uma recompra de ações, o valor de sua participação na Apple melhorará, pois haverá menos ações em circulação e uma maior proporção de ganhos sendo distribuída entre um número menor de acionistas.
Não fique desapontado com o atual rendimento dos dividendos da Apple, de apenas1,56%. Se você segurar essa ação, seu retorno real será muito maior.
2. Diversificação de Receita
A Apple não é apenas iPhones. Os últimos números mostram que a empresa está diversificando, com sucesso, sua base de receita. A divisão de serviços da Apple, que inclui a Apple Music, aluguel de filmes e downloads de aplicativos, produziu US$ 30 bilhões em vendas no ano passado, aproximando-se de alcançar o objetivo do segmento de US$ 50 bilhões até 2020. No primeiro trimestre, a Apple registrou vendas de US$ 8,5 bilhões em seu negócio de serviços, um salto de 18% se comparado com mesmo período do ano anterior.
Se a Apple continuar a conquistar mais vendas em suas outras divisões, convencendo os consumidores a comprarem seus produtos como forma de integrar suas soluções de forma perfeita, veríamos menos dependência no negócio do iPhone e mais diversificação em áreas de crescimento adicionais.
Resumo: O atraso nas vendas do iPhone pode manter as ações da Apple deprimidas em curto prazo, mas acho que os investidores ficarão melhor se continuarem investidos em meio ao aumento das recompras de ações e os dividendos potencialmente mais elevados.