TÔNICA DO DIA
Bom dia a todos,
Mercados realizando lá fora deve jogar para baixo nossa bolsa. Mercado é menino menino, se não fizer sua vontade ele fica emburrado e cai. Demanda por estímulos monetários esta elevado, com bolsas em alta, o não anúncio de estímulos faz com que as bolsas caiam por lá. Também pudera depois de romper máximas históricas os ursos do S&P usam qualquer argumento para justificar suas vendas internamente também, após 10 dias consecutivos de altas a realização de ontem deve continuar hoje.
Kuroda não deu o helicopter money que nego tava pedindo. Isso mesmo, não bebi, dê uma olhada: Kuroda Interview
Na Europa Super Mario não tirou nenhum coelho da cartola e ainda tivemos as vendas no varejo no UK decepcionando com queda de 0,9% ante queda de 0,6% que era esperada. Olha que esse dado não teve efeito do Brexit (medição foi pré Brexit). economistas esperam que o UK passe por sua primeira recessão desde 2009.
Futuros americanos caem 0,1%; Stoxx 600 -0,3%; Asia Down fechou em alta de 0,4%; petróleo sobe 0,4%, ouro sobe 0,1% e prata cai 0,8%.
Internamente achei a decisão do Copom boa, comento mais no post: COPOM O ALUNO QUERIDO. Apesar de externamente os mercados ensaiarem uma realização, não houve nada muito relevante internamente para uma realização mais forte. Vale (SA:VALE5) cuidar com as vendas.
Falo mais sobre ROMI e um L&S: UGPA3xBOVA11 ao longo do post.
LÁ FORA
EUA: #NÃOTEMCRISE!
Sexta-feira passada tivemos indicadores da economia americana que em geral vieram num tom positivo, surpreendendo o mercado. A resposta foi imediata com o índice de surpresa econômica (criado e calculado pelo Citibank) apresentando forte alta.
O mais importante deles foi o Retail Sales, mostrando que os capitalistas e consumistas americanos seguem comprando. Bom para o mundo!!
Importante pois afasta ao menos por agora, aquele receio de recessão nos EUA. Não obstante o S&P vem rompendo máximas e contrariando os ursos. Resultados corporativos são os responsáveis aqui.
Mas cuidado: TRUMP vem aí e o bixo vai pegar hein! hehehe
MY HOUSE IS NOT IN BUDAPEST
My house is not in Budapest, como canta George Ezra, mas estive por lá em 2010, muitas histórias. Teria que fazer um thoughts só pra contar algumas. Um maluco querendo nos vender drogas, taxistas que não falavam um “I” em inglês, um idioma muito maluco, pessoas felizes, falta de gelo no suco de laranja, termas, calor. Enfim, ganhei um certo preço pela cidade. Mas o post aqui foi só pra pontuar que sua economia esta indo ok. Veja que taxa de desemprego por lá atingindo lows e a empregabilidade atingindo o maior nível da década! Era isso…viszlát!
NO BRASIL
COPOM O ALUNO QUERIDO
A decisão dos juros em tese não deveria afetar a bolsa. Mercado todo esperava manutenção de juros. Logo ao fazer o que o mercado esperava não haveria motivo para otimismo com tal decisão correto? Sim.
Mas...mas quando você lê o comentário dado e a justificativa pra manutenção de juros, não tem como não ficar satisfeito ou não gostar da clareza e maturidade com que é tratado o assunto. É como aquele aluno que esta fazendo tudo certo, que se comporta bem, que pode não ser o mais inteligente, mas que pelo conjunto da obra merecia um 10. Pra mim esse Bacen merece 10! Ainda mais depois das declarações vindas do governo ontem de que seria positivo uma redução de juros. Se baixassem teriam sua credibilidade afetada, ao manter os juros nesse patamar bem alto compram credibilidade.
Talvez pela clareza na comunicação o mercado goste da decisão. Vou replicar aqui uma parte que a meu ver resume bem a conjuntura:
Por um lado, (i) a inflação acima do esperado no curto prazo, em boa medida decorrente de preços de alimentos, pode se mostrar persistente; (ii) incertezas quanto à aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia permanecem; e (iii) um período prolongado com inflação alta e com expectativas acima da meta pode reforçar mecanismos inerciais e retardar o processo de desinflação;
Por outro lado, (iv) os ajustes na economia podem ser implementados de forma mais célere, permitindo ganhos de confiança e reduzindo as expectativas de inflação; e (v) o nível de ociosidade na economia pode produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom.
ROMI3 (SA:ROMI3) – EM ROMI ESPERO ENCONTRAR INCOME 3
Seguindo a linha de posts sobre a ROMI (subiu +6% ontem hein). Vale comentar quem é a Romi.
A Romi, fundada em 1930, é líder no mercado brasileiro de máquinas e equipamentos industriais e importante fabricante de peças fundidas e usinadas. A Companhia está listada no “Novo Mercado”. A Romi fabrica Máquinas-ferramenta (Tornos Convencionais, Tornos a CNC (Controle Numérico Computadorizado), Centros de Torneamento, Centros de Usinagem, Tornos Verticais e Horizontais Pesados e Extrapesados e Mandrilhadoras), Máquinas para Processamento de Plásticos, via injeção ou sopro, e Peças Fundidas em ferro cinzento, nodular ou vermicular, que podem ser fornecidas brutas ou usinadas.
Os produtos e serviços dela são vendidos mundialmente e utilizados por diversos segmentos industriais, tais como automotivo (leves e pesados), de máquinas agrícolas, de bens de capital, de bens de consumo, de ferramentaria, de equipamentos hidráulicos e energia eólica, entre muitos outros.
Seu faturamento:
A Companhia conta com 11 unidades fabris – 9 no Brasil e 2 na Alemanha. A capacidade instalada de produção de máquinas industriais e de fundidos é de, respectivamente, cerca de 3.500 unidades e 50.000 toneladas por ano. A Unidade de Negócio de Máquinas Romi respondeu por 52,1% da receita em 1T16. As Unidades de Negócios de Máquinas Burkhardt+Weber e de Fundidos e Usinados contribuíram, respectivamente, com 16,7% e 31,2%.
Falei muito em retomada da economia como sendo um fator decisivo para o papel andar.
Considerando a retomada comentada aqui, e a empresa voltando a operar em níveis normalizados, tal qual 2013 por exemplo…atingindo uma margem Ebitda de 10%, poderíamos ver Romi voltando a dar lucro. Veja que em 2013 quando rodava a uma margem de ~10% ela alcançou um lucro de 34MM. Caso ela simplesmente conseguisse repetir isso, estaríamos falando do papel negociar a 4,2x lucro.
Riscos:
– Cenário de recuperação econômica não se efetivar
– Dólar baixo favorece importação de maquinas, especialmente chinesas
Contra esse segundo risco vale ressaltar um ponto importante: ainda que a sensibilidade a preço exista por parte do cliente, por outro lado, a empresa possui vantagens competitivas importantes – produtos com maior tecnologia agregada, rede própria de distribuição, assistência técnica permanente, disponibilidade de financiamento atrativo e em moeda local aos seus clientes e curto prazo de entrega dos seus produtos. Todas essas vantagens podem se sobressair a questão preço
E SE A BOLSA REALIZAR? QUE TAL UM L&S: UGPA x BOVA?
Existe uma máxima em mercado que diz que bolsa sobe de escada e desce de elevador…quantos já ouviram essa? A lógica é que movimentos de queda são mais intensos e rápidos. Well sugiro vocês olharem os gráficos de VAGR, RAPT, HBOR, CVCB, entre outras, falei um tempo atrás aqui da segunda linha estão andando.
Mas enfim movimento de alta foi forte e muita gente aposta em correção, mas por outro lado o cenário benigno deixa o cara morrendo de medo de abrir venda. Logo uma sugestão pode ser comprar ações de uma excelente empresa, com um beta baixo mas ainda assim com algum appeal de alta pelos eventos que vem acontecendo com a empresa. Minha sugestão nesse caso seria: UGPA x BOVA. Se bolsa continuar subindo provavelmente será um stop loss, mas penso que menos que a venda a seco.
UGPA é um papel caro. P/L mais de 20x. Sempre foi assim: papel entrega resultado. Veja que os caras tem conseguindo ao longo dos anos entregar mais lucro fazendo a mesma coisa! Vendendo gasolina! Tudo bem que os volumes de vendas aumentaram ao longo dos anos, mas ainda assim é um marco não é?!
Recente ela adquiriu a Alesat quarta maior distribuidora do país. A Alesat era uma anã perto de gigantes o que dificultava e muito seu trabalho enquanto 3 players possuíam juntos 74% do mercado, ela possuía apenas 3%. Ou seja, sem escala suas margens eram menores. Atualmente a margem EBITDA/m3 da Ipiranga é 70% superior a da Alesat, logo minha aposta é que vamos ver esse gráfico seguir crescendo, o que justifica o valuation caro da UGPA.
Não obstante, no curto prazo podemos ser surpreendidos com mais deals. Algo normal em sua vida. Já compraram Texaco, DNP, Farmácia, etc. Quais deals? BR Distribuidora é um alvo, Liquigás outro, além de alguma farmácia — mercado especulava que queriam comprar a rede Big Ben da BHPA3. Tais notícias poderiam dar um gás a mais para o papel.
Logo me parece uma operação interessante. Comprar um papel bom e vender o índice que veio subindo forte com muita coisa “estranha” digamos assim.
RICARDO O PROFETA AMORIM
Não sou fã do cara como muitos, mas respeito. São poucos economistas que conseguem ser “legais” ou “cults” ou simplesmente “falar decentemente”. Tá cheio de PhD que fala e ninguém entende. Amorim não, é simples, direto e usa umas comparações bem interessantes. Pois bem não vou fazer propaganda. Só achei super válida a leitura de sua entrevista no Infomoney.
Acho relevante porque nesse cenário “oba-oba” que vivemos, ele pontua alguns riscos que não podem ser descartados quando montamos nossos cenários de investimentos…especialmente quanto a uma possível crise nos EUA que afetaria em cheio a China, enfim #ficadica.
O cara já errou feio quando falou em bolsa em 200 mil pontos em 2009…mas justifica bem..vale a leitura…
CURIOSIDADES
PELA PRIMEIRA VEZ EM 500 ANOS!
Seguidamente comento que vivemos um mundo diferente onde certas coisas que nunca aconteceram estão acontecendo. Um bom exemplo é o yield dos bonds holandeses pela primeira vez em sua historia negociando em patamares negativos…interessante não?
Era isso,
Abs.