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O S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos, avançou 24,3% em 2023, registrando um dos melhores desempenhos anuais da história recente.
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No entanto, nem todas as ações acompanharam o ritmo do índice de referência e algumas ficaram muito abaixo da média do mercado.
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Neste artigo, analiso os piores resultados do ano e avalio as chances de recuperação em 2024.
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Queda acumulada no ano: 48,9%
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Valor de Mercado: US$ 7,9 bilhões
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Queda acumulada no ano: 48,2%
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Valor de Mercado: US$ 18,7 bilhões
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Queda acumulada no ano: 46%
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Valor de Mercado: US$ 29,2 bilhões
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Queda acumulada no ano: 45,8%
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Valor de mercado: US$ 37,1 bilhões
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Queda acumulada no ano: 44,5%
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Valor de mercado: US$ 160,3 bilhões
A poucos dias do fim de 2023, Wall Street se prepara para fechar o ano com otimismo, diante da expectativa de que o Federal Reserve encerrou o ciclo de alta dos juros, enquanto a inflação perde força.
O S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos, acumula uma valorização de 24,3% desde janeiro até o pregão de quarta-feira, o melhor desempenho anual em três anos e o terceiro maior da última década.
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O índice de referência está a apenas 1% de superar o seu recorde histórico de fechamento, registrado em janeiro de 2022.
Enquanto Wall Street comemora o ano positivo, cinco ações ficaram para trás e amargaram fortes perdas em 2023.
Cada uma dessas empresas enfrentou desafios específicos que prejudicaram seus resultados, deixando os investidores em dúvida sobre a possibilidade de recuperação em 2024.
1. FMC Corporation
A FMC Corporation (NYSE:FMC), uma empresa de produtos químicos diversificados com sede na Filadélfia, teve um ano difícil em 2023, afetada por problemas na cadeia de suprimentos, aumento dos custos de insumos e demanda menor em alguns de seus mercados-chave.
A crise na logística global comprometeu a capacidade da fabricante de químicos agrícolas de entregar seus produtos de forma eficaz, levando a uma queda nas receitas e nos lucros e a uma forte desvalorização das ações.
As ações da FMC - que atingiram o menor nível em mais de seis anos e meio no mês passado - despencaram 48,9% em 2023, sendo a pior performance do S&P 500 no ano.
Fonte: InvestingPro
Apesar de ter um portfólio químico robusto e diversificado, a FMC depende da solução dos gargalos na cadeia de suprimentos e da implementação de medidas de eficiência para reduzir sua estrutura de custos.
Segundo o InvestingPro, as ações da FMC estão atualmente sendo negociadas a um preço atrativo. As ações poderiam subir 27,3% em relação ao fechamento de ontem, de US$ 63,76, e se aproximar do seu preço-justo de US$ 81,17.
2. Enphase Energy
A Enphase Energy (NASDAQ:ENPH), uma empresa de tecnologia solar com sede em Fremont, Califórnia, sofreu em 2023 com a demanda fraca por seus produtos e equipamentos solares, em um cenário econômico que desfavorece a energia solar residencial.
A empresa também enfrentou a concorrência acirrada no setor de energia renovável e as dificuldades na cadeia de suprimentos, que afetaram seu crescimento e suas margens, bem como o valor de suas ações.
As ações da fabricante de sistemas de energia solar e armazenamento de energia ficaram muito abaixo do mercado em 2023, despencando 48,2% desde janeiro, sendo a segunda pior performance do S&P 500 no ano.
Fonte: InvestingPro
Apesar do potencial de longo prazo da energia renovável, a Enphase Energy precisa superar os obstáculos do mercado para reconquistar a confiança dos investidores em 2024.
É importante destacar que, mesmo após as ações da ENPH perderem quase metade de seu valor desde o início do ano, as ações ainda estão muito sobrevalorizadas, segundo o InvestingPro, e podem cair mais 17,5% em relação ao fechamento de terça-feira, de US$ 137,34.
Isso levaria a ação mais perto de seu preço-justo de US$ 113,32.
3. Dollar General
A Dollar General (NYSE:DG), uma gigante do varejo, teve um ano difícil em 2023, devido a uma série de fatores, como a redução dos gastos dos consumidores, a alta inflação e as interrupções na cadeia de suprimentos, que afetaram seu gerenciamento de estoque.
A empresa com sede em Goodlettsville, Tennessee, também sofreu com o impacto negativo do aumento do furto no setor de varejo, ou 'shrink', que prejudicou as margens e a confiança dos investidores.
As ações da varejista de descontos - que recentemente atingiram o menor nível desde dezembro de 2018 - ficaram muito atrás dos principais índices em 2023, caindo 46% desde janeiro, sendo a terceira pior ação do S&P 500 no ano.
A reestruturação estratégica e a adaptação às mudanças nos hábitos dos consumidores, como ampliar suas ofertas de produtos frescos e investir em capacidades digitais, podem abrir o caminho para a recuperação da Dollar General em 2024.
Vale mencionar que as ações da DG parecem estar um pouco sobrevalorizadas, de acordo com o modelo quantitativo do InvestingPro, que indica um potencial de queda de 6,9% dos níveis atuais nos próximos 12 meses para o seu preço-justo estimado de US$ 123,83.
4. Moderna
A Moderna (NASDAQ:MRNA), uma das líderes na produção de vacinas contra a covid-19, viu seu valor de mercado despencar em 2023, diante da redução da demanda por seu imunizante, que é o único produto que a empresa de biotecnologia tem no mercado.
A companhia também enfrentou dificuldades com as regulações sanitárias, que podem atrasar o desenvolvimento e a aprovação de novos medicamentos baseados na tecnologia de mRNA.
As ações da Moderna iniciaram o ano cotadas a US$ 180,85 e chegaram a valer US$ 62,55 em 2 de novembro, o menor patamar desde setembro de 2020.
Ontem, os papéis fecharam a US$ 97,33, acumulando uma queda de 45,8% no ano e colocando a Moderna entre as quatro piores ações do S&P 500.
Fonte: InvestingPro
Para se recuperar em 2024, a Moderna precisa diversificar seu portfólio de produtos, avançar nas pesquisas em mRNA e se consolidar no setor biofarmacêutico.
Apesar da forte desvalorização, as ações da Moderna ainda não estão baratas, segundo o InvestingPro, e podem cair mais 17% nos próximos 12 meses, até atingir o seu preço-justo de US$ 80,77.
5. Pfizer
A Pfizer (NYSE:PFE), uma das maiores farmacêuticas do mundo, teve um ano difícil em 2023, com a queda nas vendas de seus produtos relacionados à covid, além de enfrentar maior fiscalização e pressão sobre os preços de seus medicamentos mais vendidos.
A empresa também sofreu com as perdas de patentes e a concorrência de genéricos, que afetaram suas receitas e margens.
As ações da Pfizer atingiram o nível mais baixo desde 2013, a US$ 25,78 em 13 de dezembro, e ficaram muito abaixo do desempenho do mercado em 2023, com uma perda de 44,5% no ano. Isso faz da Pfizer a quinta pior ação do S&P 500 em 2023.
Fonte: InvestingPro
O futuro da Pfizer depende do desenvolvimento de novos medicamentos em áreas terapêuticas diferentes das atuais e de possíveis compras estratégicas.
De acordo com os modelos quantitativos do InvestingPro, as ações da PFE estão muito subvalorizadas: com um preço-alvo de preço-justo de US$ 39,21, as ações da Pfizer podem subir 38% em relação aos níveis atuais nos próximos 12 meses.
Não deixe de acompanhar o InvestingPro para ficar por dentro das tendências do mercado e do que elas significam para suas negociações. Como em qualquer investimento, é essencial pesquisar muito antes de tomar qualquer decisão.
O InvestingPro ajuda os investidores a tomarem decisões conscientes, oferecendo uma análise completa de ações subvalorizadas com potencial para valorização significativa no mercado.
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Aviso: este artigo tem fins meramente informativos e não constitui qualquer recomendação ou oferta de investimento.