Fique atento aos itens abaixo na hora de escolher o fundo de investimento para investir:
1. Encontre a classificação do fundo (Através da Lâmina de informações essenciais):
Determinado os seus objetivos, levante por quais motivos irá fazer o investimento e respeite o seu perfil de investidor. Os conservadores preferem os fundos DI, os moderados diversificam com fundos multimercados, os arrojados priorizam os fundos de ações. Logo, antes de aplicar no fundo, avalie o seu apetite ao risco. Pois lembre-se que existe uma regra, que chamamos de risco x retorno. Quanto maior o risco, maior pode ser seu retorno.
2. Verifique se a aplicação mínima se encaixa no seu bolso:
Conhecer o seu orçamento, os investimentos nos fundos não precisam ser a sua reserva de emergência e podem ser utilizados para outros objetivos. Para isso, você precisa se planejar financeiramente, por exemplo, uma parte pode estar reservada para emergências, e melhor que estejam aplicados no CDB com liquidez, fundo DI com liquidez. Mas, ao investir em fundos multimercados e fundos de ações, o resgate é outro prazo, podendo ser mais de 30 dias. D+20, D+30 ou mais.
3. Descubra o benchmark:
Ao olhar a estratégia do fundo de investimento você busca uma referência para o seu retorno. No fundo renda fixa, é o CDI o benchmark. No fundo de ações é o Ibovespa. Existem diferenças ao escolher o benchmark. A relação é de risco x retorno. Quando o benchmark é o Ibovespa, existe maior risco do que o CDI.
4. Analise a performance e rentabilidade (Comparar maçã com maçã):
Fundo Absolute Vertex Advisory x Fundo Occam Retorno Absoluto Advisory
Fundos comparados com benchmark Ibovespa/ Site: maisretorno
Fundo Privilége DI (Itaú (SA:ITUB4)) x Fundo Advanced DI (Santander (SA:SANB11))
Quando comparamos um fundo renda fixa referenciado ao DI, é importante utilizar a mesma classe para comparar, mesmo que de instituições diferentes.
Comparação fundo DI com CDI/ Fonte: Site investiremque
5. Compare o risco dos fundos:
Uma das formas é através do Índice Sharpe. O índice Sharpe foi criado pelo matemático William Sharpe e é um indicador financeiro que aponta uma relação entre o risco e o retorno de um investimento, isto é, ele mede o desempenho ajustado pelo risco.
Para se calcular o índice Sharpe é importante saber o retorno do ativo para um mesmo período, de forma que:
Índice Sharpe = (Retorno do ativo- retorno do ativo livre de risco)/ risco do ativo
Sendo:
Retorno do ativo = Retorno acumulado do ativo a ser analisado entre duas datas.
Retorno do ativo livre de risco = O retorno do ativo com menor risco na economia no mesmo período. O CDI é uma boa forma de calcular, quanto a T-bill é muito usada para ativos internacionais.
Risco do ativo = É a volatilidade do ativo, referente ao mesmo período. O desvio padrão histórico é o melhor estimador para o risco nessa análise.
Portanto, o Índice Sharpe engloba duas dimensões essenciais da tomada de decisão, o retorno esperado e o risco. De acordo com a Teoria Moderna de Portfólio, um não deve ser avaliado sem o outro.
Drawdown = O Drawdown é usado por investidores atuantes em renda variável, principalmente para medir o histórico de volatilidade e instabilidade de um investimento e compará-lo com os de outros ativos. Em teoria, quanto menor for o Drawdown de uma aplicação, mais estável ela é. O cálculo do Drawdown é feito com a divisão do valor máximo do investimento pelo valor mínimo do investimento e depois subtrair um. Ele pode ser representado pela seguinte fórmula:
Drawdown = valor máximo (pico) / valor mínimo (vale) – 1
Feito o cálculo do Drawdown, analise-o observando alguns aspectos:
– Relevância: qual o valor do Drawdown? Quanto maior for a queda, mais riscos o investidor está correndo;
– Tempo: a Máxima Duração do Drawdown exprime o tempo que demora para o investimento voltar para a cotação máxima após a queda;
– Período: o investidor deve estar atento ao período em que o investimento está sendo observado para fazer a análise correta.
Após observar essas questões, faça uma média do Drawdown de cada investimento que analisou e utilize esse resultado para avaliar as opções mais estáveis e decidir em quais vale a pena investir, manter ou vender.
6. Compare a janela do fundo em períodos voláteis e período eleitoral
Em momento de volatilidade do mercado, os fundos possuem performance diferentes. Existem momento críticos no mercado, que se você souber avaliar, terá menos surpresas ao investir em fundos, por exemplo a crise do subprime de 2008 nos EUA, Joesley Day no Brasil, Os circuit brakers da pandemia do covid 19, impeachment da Dilma e ano eleitoral
CSHG VERDE FIC FIM
Na imagem vemos datas que aumentaram a volatilidade no mercado financeiro. Crise do sub-prime em 2008, anos eleitorais, impeachment da Dilma, Joesley Day, e mais recente a covid-19 e suas variantes.
Portanto investir em fundos não é uma ciência exata, mas, para os investidores que sabem dessas premissas, estão alcançando melhores resultados ao investir.
É importante ressaltar que ao investir em fundos, procure um assessor de investimentos certificado para te auxiliar na tomada de decisões. Pois, o profissional certificado, através do seu perfil de investidor, pode sugerir o melhor fundo de investimento conforme os seus objetivos.
É a hora de investir!