Confesso um descontrole
Não tem feriado na China
Com ou sem o feriado de Martin Luther King hoje nos EUA, seríamos obrigados a dar foco internacional à China.
O Banco Central do país resolveu adotar compulsório sobre depósitos offshore de bancos estrangeiros denominados em yuan.
Mais uma medida de quem tenta controlar o câmbio, ao mesmo tempo em que confessa um descontrole.
Ainda assim, mercados seguram a bronca antes dos chineses divulgarem amanhã o PIB do 4T15, já sabidamente abaixo do necessário para crescer +7% em 2015.
Achamos, porém, que PIB não é tão interessante neste caso; o diabo está nos dados em tempo real que não podem ser lapidados.
A próxima vítima
Enquanto o BC chinês abre o bolso, nosso BC tenta costurá-lo com linha de pesca.
A reunião do Copom desta semana parece credenciada a entrar para a história.
Jornais a descrevem como “um dos encontros mais polêmicos desde que o Bacen optou por adotar o regime de metas”.
Quem é mais culpado por tamanha polêmica? Farra fiscal ou o próprio Tombini?
Na dúvida, a cabeça de Tombini está posta a prêmio.
Se os pecados perduram, o sacrifício de um único cordeiro não basta para aplacar a fome dos deuses.
Levy já se foi, os deuses continuam famintos.
Plano C
De sobremesa, Nelson Barbosa disse que o Governo está trabalhando para cumprir a meta fiscal de 0,5% do PIB em 2016.
Vai tudo muito bem planejado, falta só um detalhezinho…
Aprovação da CPMF até maio, para que ela possa gerar receita a partir de setembro.
Barbosa deveria notar que CPMF é improvável, e não há gordura para esperar até maio.
Se a CPMF não passar no Congresso (cenário base), acabou o tempo para um plano B.
Repaternalismo
Até o momento, qual é a grande notícia no museu de novidades do Governo Dilma?
Instituir, por decreto, um “novo” programa de estímulo aos fornecedores do setor de petróleo, privilegiando conteúdo local.
Será dada uma bonificação a consórcios ou companhias que contratem fornecedores locais.
Já sabemos os resultados dessa política: ineficiência competitiva, quebra de suppliers, atrasos na Petrobras (SA:PETR4) e enorme risco de corrupção.
Mesmo assim, Dilma se nega a ouvir o mercado.
Faz lembrar do dito de Friedman:
"A humildade é virtude dos que acreditam em liberdade; já a arrogância é o vício dos paternalistas".
Tentativa e acerto
Se os erros são repetidos, os acertos podem ser também.
Felipe Miranda sabia que seria assim desde que tomou uma decisão importante: a de retomar o maior projeto de sua vida.
De certa forma, reconheço que ele não tem opção. Outras pessoas precisam ter acesso imediato a tamanho legado.
Clique aqui para receber todas as informações sobre o projeto do Felipe, podendo participar, inclusive, de sua elaboração.