Duas semanas após atingir e superar os 100 mil pontos (100.438), estamos vendo ultimamente um intenso "rally", ou seja, alta volatilidade no Índice Bovespa. Sendo o principal motivo de sua derrocada as questões e os impasses políticos. Em destaque, o desentendimento entre os líderes do governo e a câmara dos deputados, e a tão falada e não realizada reforma da previdência.
O Índice chegou a atingir os 91.605 pontos, a mínima registrada após superar a casa dos 100 mil. O preço está agora entre uma zona de suporte e resistência bem
interessantes. A zona de suporte em 94.420 sustentou o preço por quatro vezes este ano, em: 17 de janeiro, 07 de fevereiro, 28 de março e atualmente. Esta é uma região de preço bem conturbada e com alto volume de negócios. (Vide gráfico 1 abaixo). Esta zona de suporte foi rompida vorazmente em 27 de março após a Câmara ter aprovado na noite da véspera, uma PEC que reduz o poder do Executivo sobre o orçamento e aumenta os gastos obrigatórios, o mercado entendeu como derrota do governo e sinalização negativa para a reforma da Previdência.
A resistência formada em 96.748 foi rompida pela primeira vez em 24 de janeiro e esta mesma zona serviu também como resistência por cinco vezes durante o início deste ano, porém vale lembrar que estas cinco vezes anteriores, este nível foi rompido de primeira com, digamos, certa facilidade (Vide gráfico 3 abaixo). Destaque para o dia 11
de março em que este nível foi superado sem grandes esforços após expectativa de avanços na tramitação da reforma da Previdência, e com Petrobras (SA:PETR4), bancos e Vale (SA:VALE3) como principais destaques de alta no dia.
Após a queda vertiginosa, o preço voltou a atingiu esta zona por duas vezes recentemente, em 21 de março e 1 de abril mas sem força e sem sucesso para romper este nível. Provavelmente só veremos o rompimento de uma destas zonas após a resolução das questões pertinentes e atuais no cenário político. O que não nos dá muita expectativa positiva. Mas acreditamos no fim deste período de turbulência e torcemos para a ascensão e crescimento da economia do País.