Brasil tem superávit comercial de US$7,075 bi em julho, acima do esperado
O Índice Bovespa opera com alta firme na manhã desta quarta-feira, 6, e voltou a superar o nível dos 135 mil pontos, no qual não operava havia quase duas semanas. O movimento é resultado de uma conjunção de fatores, que incluem apetite ao risco no exterior, recuperação dos preços do petróleo e balanços corporativos melhores que o esperado. Com isso, as movimentações políticas e as incertezas quanto aos efeitos do tarifaço americano sobre importações brasileiras fica em segundo plano.
"O apetite por risco está grande no exterior, com os investidores dispostos a colocar o dinheiro para trabalhar. Além disso, balanços fortes, como o do Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4), surpreenderam o mercado", explica João Piccioni, CIO da Empiricus Asset.
No caso do banco, ele afirma que pontos específicos foram bem recebidos e ajudaram a alimentar o apetite por risco. "Esperava-se uma deterioração no crédito que não veio. Os resultados positivos da Embraer (BVMF:EMBR3) também contribuem para a percepção positiva, principalmente porque as aeronaves foram incluídas na lista de exceções das tarifas", explica.
Quanto à sobretaxação a produtos brasileiros, o profissional afirma que o mercado mostra menor sensibilidade ao noticiário, enquanto aguarda novos desdobramentos do caso e os impactos do evento na balança comercial e na inflação.
Às 11h14, o Ibovespa tinha 134.884,64 pontos, em alta de 1,30%. Itaú Unibanco PN subia 2,10% e Itaúsa (BVMF:ITSA4) avançava 2,47%.
Com isso, todas as ações do setor financeiro, bloco de maior peso na composição do índice, também subiam. Petrobras ON (BVMF:PETR3) e PN avançavam 1,83% e 1,52%, nesta ordem, acompanhando a alta do petróleo nos futuros de Londres e Nova York.