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A Rumo (RAIL3) perdeu o rumo!

Publicado 29.03.2024, 10:00
Atualizado 23.11.2023, 12:28

O resultado do 4T23 foi decepcionante, mas isso não é novidade. O histórico do desempenho da RUMO é uma sequência quase que contínua de resultados ruins. Em 31 trimestres, só em um o RSPL foi superior à Selic, tal como pode ser visto na Figura 1, a seguir.

A atividade operacional, medido pelo ROI, também foi decepcionante, rendeu só 0,9% no trimestre. A redução do custo com credores de renda fixa foi a única informação positiva, mas foi uma melhoria modesta, diminuiu de 2,4% para 2,1% ao trimestre. Com isso, o spread financeiro ficou muito negativo. O efeito da alavancagem financeira provocou uma redução do rendimento dos acionistas, o RSPL foi de apenas 0,1% ao trimestre. Tudo isso muito ruim quando comparado a Selic de bruta de 2,84% e líquida de 2,41% (proxy de custo de oportunidade do capital, Ke).

A análise estatística dos dados dos 31 trimestres, conforme Tabela 1 a seguir, mostra que o risco financeiro é alto. A rentabilidade média do negócio (ROI) foi de apenas 0,89% ao trimestre. A rentabilidade média dos credores de renda variável (RSPL) foi de quase zero. Muito inferior à média dos rendimentos dos credores de renda fixa (Ki) que foi de 1,81% ao trimestre.

Tabela1. Análise estatística dos indicadores econômicos e da Selic, nos 31 trimestres.

O coeficiente de variação é uma medida de risco, com ela verifica-se que os credores de renda variável estão sujeitos a um risco muito maior que os credores de renda fixa. Os acionistas deveriam obter rendimento médio muito maior que o pago aos credores de renda fixa para justificar o risco, mas acontece justamente o contrário, na média, os acionistas recebem é um rendimento de irrisório, quase igual a zero.

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Os investidores em ações não se importam com esses indicadores, eles acreditam que o importante é a valorização das ações no mercado e o pagamento de dividendos. Na Figura 2, a seguir, verifica-se que existiu sim uma grande valorização das ações da RUMO, principalmente entre 2016 e 2019.

Observem que toda a valorização das ações se fez com base nas expectativas de lucros futuros, porque os resultados econômicos da entidade eram horríveis. Será que o sonho de lucratividade futura se materializara no mundo real?

A análise de pontos de equilíbrio, cujos resultados são apresentados na Figura 3, a seguir, indicam que os pontos de equilíbrio (volume físicos de carga transportada desejados, TKU) seguem uma trajetória crescente mais íngreme que a trajetória de transporte realizado de carga. A meta de volume anual de 2021 ainda não foi atingida, salvo meta trimestralizada. A meta de volume para 2025 ainda está bastante distante, pior ainda, a meta de 2025 é insuficiente para gerar um retorno ao investidor (RSPL) de 9% ao ano.

Para que houvesse uma expectativa de lucros futuros que sustentassem os as cotações atuais, a curva de volume transportado deveria sofre um aumento de inclinação substancial, ou seja, os volumes de carga precisariam crescer enormemente. Mantidos os custos fixos e margens atuais, para que a empresa gerasse um RSPL de 9%, o volume de carga precisaria crescer 70%. Para rentabilidade desejada de 12%, o volume precisaria crescer 95%. Volumes quase impossíveis de conseguir sem novos investimentos. Se novos investimentos se fizerem necessários, as quantidades de carga dos pontos de equilíbrio econômico aumentarão de valor.

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As tarifas estão praticamente congeladas, conforme Figura 4, a seguir. A empresa poderia tentar ser mais agressiva com sua política de tarifas. Isso poderia melhorar razoavelmente o resultado, mas deve encontrar razoável resistência dos grandes clientes corporativos e da agencia reguladora do setor.

A estrutura de capital, conforme figura 5, não mostra nada de anormal.

A conclusão que se chega é que a valorização do mercado é auto sustentada pelos preços passados. Não há lastro operacional presente e nem num futuro de médio prazo. É bem provável que o mercado tenha que ajustar os preços para que o pequeno lucro gerado represente uma rentabilidade satisfatória.

AJUSTES NOS CÁLCULOS DOS INDICADORES ECONÔMICOS

Em razão de enorme dispersão de tarifas aparentes de tributos sobre o lucro nas DREs, conformo apresentado nas Figuras 6 e 7 a seguir, adotou-se no cálculo a tarifa única estimada pela média ponderada de todos os trimestres de 32,9%, ou seja, com essa alíquota, o lucro liquido acumulado de todos os períodos manteve-se igual ao total de lucros apurados com alíquotas individuais.

O propósito desse ajuste é diminuir as distorções, uma vez que em alguns períodos surgiram alíquota aparentes da DRE com valores aberrantes, valore que são utilizados no cálculo do ROI, Ki e RSPL.

Essas alíquotas aparentes “anormais” surgem em razão dos cálculos dos tributos serem feitos com base em lucro ajustado no LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real).

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Últimos comentários

Empresas daquele dono das Americanas sao assim. Quem conhece por dentro sabe.
Como está a rentabilidade das outras empresas sucessoras da desastrosa e finada RFFSA? Todas elas pegaram um abacaxi de muitas décadas de má administração, incluindo falta de investimento e fechamento de linhas.
A unica rasoavel é MRS. A VLI ta pior que a Rumo. Nao entra nesse comparacao a F. carajas e a EFVM, pois sao dedicadas a minerio da propria operadora.
Está sem rumo? Onde? Olha o gráfico semanal, mensal e anual, não compro topo !
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