A Tragédia de Brumadinho e os Destaques da Semana

Publicado 01.02.2019, 14:03
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Panorama Semanal de 28 de janeiro a 1º de fevereiro*

A tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, foi o destaque da semana na imprensa nacional e um dos grandes destaques internacionais também. Além do drama humano e ambiental, houve forte repercussão das consequências econômicas envolvendo a Vale (SA:VALE3).

O tema tende a se prolongar. Entre as questões envolvendo o rompimento da barragem de Brumadinho e a Vale, até agora podemos destacar:

  • Ação coletiva nos EUA tem como alvo a empresa e seu presidente, Fábio Schvartsman, entre outros. O processo diz que a Vale mentiu sobre seu compromisso com a segurança dos trabalhadores, diante do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais.
  • A empresa não pagou multas ambientais que somam cerca de R$ 390 milhões desde o ano de 2015.
  • Justiça bloqueia mais de R$ 10 bilhões em contas da companhia.
  • Governo, que tem “golden share”, descarta destituir diretoria da Vale.
  • Vale vai acabar com barragens do mesmo tipo que a de Brumadinho e Mariana.
  • Com a decisão (que deve reduzir a oferta), o minério de ferro atingiu cotação recorde no mercado internacional.
  • Alta volatilidade das ações da Vale, com queda expressiva após a tragédia e alguma recuperação com a subida do preço do minério. Impacto no mercado acionário.

Entre as demais notícias de destaque na economia, ganharam relevância a divulgação de indicadores, o otimismo com a Reforma da Previdência e a decisão do Fed, o banco central americano, em manter os juros dos EUA, com impactos positivos sobre a cotação do dólar no Brasil.

A taxa de desemprego caiu para 11,6% no último trimestre do ano passado, abaixo da média de 12,3% ao longo de 2018, de acordo com dados da Pnad Contínua do IBGE. São 12,2 milhões de desempregados. A informalidade no mercado de trabalho é recorde.

As contas públicas do governo central encerraram 2018 com déficit de R$ 120,2 bilhões. Apesar do rombo, o resultado é o menor desde 2014 e é melhor do que os analistas projetavam. Está ainda dentro da meta autorizada pelo Orçamento, de déficit de R$ 159 bilhões. O déficit de 2018 representa 1,7% do PIB.

O plano de privatizações do governo, conforme notícia que circulou ao longo da semana, deve atingir cerca de R$ 30 bilhões, com a venda de todas as estatais, à exceção de Petrobras (SA:PETR4), Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Caixa.

A afirmação do presidente Jair Bolsonaro sobre a inclusão de todos os segmentos da sociedade na reforma da Previdência animou os investidores. Bolsonaro, que passou por uma cirurgia esta semana, se recupera bem.

Uma polêmica envolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu liberação para comparecer ao enterro de seu irmão. O ministro do STF Dias Toffoli liberou Lula, mas após o sepultamento, e Lula desistiu de ir a São Paulo. A expectativa é que Lula entre com pedido para ir à missa de sétimo dia.

Lá fora, destaque para a decisão unânime de manter da taxa de juros dos EUA pelo Fed (o banco central americano) na faixa de 2,25% a 2,5% ao ano. E o shutdown parcial do governo finalmente chegou ao fim nos Estados Unidos, mas ainda estão quentes e sem soluções as negociações no Congresso para o polêmico muro da fronteira, defendido pelo presidente Donald Trump.

Na Venezuela, a situação se mantém tensa e crítica. Esta semana, o governo venezuelano bloqueou as contas do líder da oposição, Juan Guaidó, abrindo uma investigação contra ele e proibindo-o de sair do país. Guaidó denunciou ação de intimidação de forças governistas contra sua família.

No Brasil, no pregão desta quinta-feira, último dia de janeiro, o dólar fechou cotado a R$ 3,65, voltando a níveis de outubro. Na Bolsa, o otimismo com a reforma da Previdência resultou em alta de 0,41% do Ibovespa, para 97.293 pontos.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 1/2, às 9h.

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