A vez das blue chips Mas a sexta-feira custará a chegar. Dentre uma série de referências da Temporada de Resultados (assim mesmo, com maiúsculas) e da agenda econômica, reservaram para os próximos dias reunião do Copom e divulgação dos balanços de Vale e Petrobras, entre outros. Será que esse pessoal não gosta de Carnaval, ou quer partir para a folia com a consciência tranquila? O que o mercado espera O que mais o relatório Focus disse? O que ele costuma dizer. O céu é o limite para o IPCA (mediana das projeções subiu a 6,00%) e o crescimento ó... |
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Estamos caminhando em direção a 1,5% de crescimento, com déficit recorde em transações correntes e inflação bastante perto do teto da meta. O altista O dólar a R$ 2,35 não combina com esse cenário exposto acima. E não tem como enfrentar prognóstico de influxo de dólares sem desvalorização cambial, coisa que o próprio Tombini fez questão de enfatizar. "Desvalorização [do real] não significa vulnerabilidade, significa mudança de preços relativos, refletindo uma condição financeira global de menor liquidez, de menos fluxos para os emergentes" A R$ 2,35 sou um comprador compulsivo, de dólares. Cada um no seu quadrado - o que nós esperamos Para os grandes eventos corporativos da semana, nada que chegue a surpreender. O resultado da Petrobras (PETR4) é um resultado da Petrobras, portanto não dá para esperar muito. Prejuízo na importação de combustíveis, refino já estava operando com a capacidade às tampas e enfrentou acidentes em refinarias, e a produção segue patinando com o excesso de paradas. Quem sabe a oportunidade para apresentar um Plano de Negócios mais enxuto? Seria ótimo, mas é apostar no escuro. Quanto à Vale (VALE5), dois mundos: resultado operacional forte, com dólar e preço do minério de ferro em alta, mas a possibilidade de um prejuízo líquido, caso reconheça o impacto da adesão ao Refis. PS: O mais interessante é que você não precisa acertar para ganhar com essas divulgações, basta seguir a estratégia de nossa carteira de opções dessa semana. Dá-lhe assimetria e vol. Para a Bolsa subir Com as cartas marcadas, não parece haver um evento capaz de mudar o jogo para os mercados esta semana. Depois de cair 1,7% na semana passada, teremos mais um revés para somar à perda de 8,2% acumulada pelo Ibovespa em 2014? Olhando a coisa de forma mais ampla - afinal, o ano só começa depois do Carnaval -, os leitores do M5M foram convocados na sexta-feira a listar os motivos que podem fazer o Ibovespa subir. Abaixo, algumas das respostas mais frequentes que recebi: + Natura exportando garrafada afrodisíaca... + O Brasil perdendo a Copa desencadeará uma nova onda de protestos ainda mais forte dos que a do ano passado. Desta vez, o evento será muito perto das eleições. + Alguma figura proeminente no cenário mundial morre. Pode ser o Clinton ou o Mikhail Gorbachev. + Forza Italia! + Contabilidade ainda mais Criativa do Governo + Uma nova guerra no golfo pérsico com duração indefinida, com a china entrando pesado com seu mega exército, fazendo o petróleo subir e a demanda por aço disparar. + "FIFA cancela Copa do Mundo no Brasil!" + Mudança no fluxo de investimentos doméstico de imóveis para ações + Uma sugestão na moda dos blackbocks seria todo os atuais acionistas fazerem boicote e não aceitarem ofertas de venda! Segurar o papel e não vender! + A solução é alugar o Brasil O evento que pode mudar o jogo Da infinidade de respostas que recebi no email, as eleições ganharam de lavada como o evento que pode mudar o jogo na opinião dos leitores. Cerca de 79% das respostas recebidas até domingo estavam de alguma forma relacionadas à possibilidade de troca do governo. Não deixa de mostrar uma insatisfação generalizada com os rumos de nossa política econômica. O mercado não gostaria de vitória da Dilma, que representaria esse mesmo cenário de dólar forte, juro elevado, Bolsa parada, downgrade próximo e crescimento “ó”. Como referência de mudança, uma vitória da oposição inspiraria expectativas de real mais fortalecido e risco regulatório minimizado. Mas para uma reação positiva dos mercados a partir do evento, talvez não seja necessária uma troca de comando às vias de fato, algo que parece distante considerando 47% de intenção de voto para a Dilma... A Dilma “Carta aos Brasileiros”, introduzida no especial de eleições, que reconhece problemas e tenta se reaproximar da iniciativa privada, parece o cenário mais provável. Não chega a atender a demanda dos leitores, mas é algo. Se Dilma ficar boazinha de repente, você confiaria o seu dinheiro? |
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