Este artigo foi escrito exclusivamente para Investing.com
Nos últimos meses, as ações da DocuSign (NASDAQ:DOCU) (SA:D1OC34) foram estilhaçadas, caindo mais de 60% desde setembro. A empresa deve divulgar os resultados do quarto trimestre no dia 10 de março, após o fechamento. A estimativa dos analistas é que os ganhos apresentem avanço de 29,3% em comparação com o ano passado, alcançando US$ 0,48 por ação. Por sua vez, a previsão é que as receitas tenham subido cerca de 30%, para US$ 561,6 milhões.
A ação não está barata em termos de relação P/L, sendo negociada a cerca de 50 vezes as estimativas de ganhos de 2023, de US$ 2,15 por ação. Mas considerando-se que os ganhos da empresa devem mais que dobrar no ano fiscal de 2023, o valuation pode não ser de todo ruim, especialmente se a companhia surpreender os investidores com seu upside quando anunciar seus resultados.
Fonte: Investing.com
Apostando em grandes ganhos
A DocuSign vem superando as estimativas de resultados e receitas há nove trimestres consecutivos. Isso poderia até mesmo ajudar a explicar porque alguns investidores estão apostando em movimentos de alta da ação nas semanas após a divulgação dos resultados.
Os níveis de juros abertos para as calls de 20 de maio, de US$ 85, aumentaram em 20.000 contratos desde 25 de fevereiro. Os dados mostram que um bloco de 10.000 contratos foi negociado na ASK e provavelmente comprado em 25 de fevereiro por cerca de US$ 33 por contrato. Ao mesmo tempo, outro bloco de 10.000 contratos também foi negociado em 28 de fevereiro, comprado por cerca de US$ 36,85 por contrato.
As apostas de opções bullish também podem ser uma proteção contra uma posição curta. Mas isso não altera a intenção do investidor, que acredita que a ação pode apresentar upside significativo nas semanas seguintes aos resultados.
Com base no preço de compra do último bloco de negociação, o investidor precisaria que as ações fossem negociadas acima de US$ 121,85 para obter lucro se levasse os contratos ao seu vencimento.
Melhores tendências
Isto seria equivalente a um ganho de quase 15% em relação ao preço atual da ação, de cerca de US$ 108 no dia 3 de março. Até mesmo o gráfico técnico pode sugerir que há um evento positivo, com chance de reverter sua tendência maciça de queda.
A indicação a mais significativa é o crescente índice relativo da força contra o preço em queda da ação, uma divergência bullish. Além disso, as ações encontraram um suporte significativo na casa dos US$ 102, e se esse nível conseguir se sustentar, pode-se argumentar que o ativo irá se recuperar para US$ 135. Um rompimento do suporte de US$ 102 indicaria a provável chegada de preços mais baixos, com potencial para cair até cerca de US$ 80.
Tendo em conta o forte histórico da empresa em anunciar resultados melhores que o esperado, o sentimento otimista certamente faz sentido às vésperas da divulgação. No entanto, o que a empresa disser a respeito do próximo trimestre e do ano definirá sua ascensão ou queda.
Espera-se que a projeção seja robusta, com previsões de crescimento de mais de 25% das receitas no primeiro trimestre fiscal de 2023, para US$ 595,9 milhões, e mais de 25% no ano, para US$ 2,6 bilhões. Contudo, considerando-se a baixa entre ações e as expectativas de uma previsão forte, será preciso não só resultados, mas também projeções melhores que as estimativas para desencadear o movimento de alta das ações.
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