Em um ano marcado por choques, instabilidade e tarifas, o sentimento dos investidores tem oscilado à medida que o mercado tenta calibrar a relação entre risco e retorno. Mas, com 2025 se aproximando da metade, as ações do setor industrial passaram a se destacar como líderes de desempenho, com base em uma cesta de ETFs até o fechamento da segunda-feira (16 de junho).
O fundo Industrial Select Sector SPDR® Fund (NYSE:XLI) acumula alta de 9,3% no ano, superando com alguma folga o desempenho do setor de comunicações (XLC), o segundo melhor do período. A diferença é ainda mais expressiva quando comparada ao mercado acionário amplo (SPY), que sobe 3,1% em 2025.
A maioria dos setores de ações registra desempenho positivo no ano, com duas exceções: saúde (XLV) e consumo discricionário (XLY), este último com queda acumulada de 4,3%.
O debate atual gira em torno de como o mercado deve reagir à escalada do conflito entre Israel e Irã, que ameaça arrastar os Estados Unidos para uma nova fase de enfrentamento no Oriente Médio. A principal preocupação macroeconômica é a manutenção dos preços do petróleo em patamares elevados, o que pode pressionar a inflação e enfraquecer o crescimento econômico.
Torsten Sløk, economista-chefe da Apollo, destaca que o modelo do Federal Reserve para a economia dos EUA estima que um aumento de US$ 10 no barril de petróleo se traduz em uma elevação de 0,4 ponto percentual na inflação e redução equivalente no PIB.
O preço do petróleo subiu com força nas últimas semanas e, na segunda-feira, negociava pelo segundo dia consecutivo acima de US$ 70 o barril, com base no WTI, referência nos EUA — bem acima da mínima recente, na faixa dos US$ 50.
Jeff Buchbinder, estrategista-chefe de ações da LPL Financial, observa que sua análise de 25 choques geopolíticos desde o ataque a Pearl Harbor, em 1941, mostra que o mercado acionário tende a se mostrar resiliente nessas situações. Segundo ele, os recuos médios em tais episódios giraram em torno de 4,6%, com duração média de aproximadamente 19 dias.
O índice S&P 500 subiu na sessão de ontem e permanece próximo da máxima histórica registrada em fevereiro. Por ora, o conflito entre Israel e Irã tem exercido impacto limitado — ou nulo — sobre as ações americanas. A expectativa dos analistas é de que esse cenário se mantenha, desde que o confronto permaneça restrito às duas nações e sem envolvimento direto dos EUA.
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